sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A PARTOLÂNDIA

Existe um lugar secreto pra onde podemos ir. É um lugar pouco divulgado, antes mais pessoas visitavam, hoje apenas uma minoria tem a oportunidade de ir até lá. Mas todas as pessoas que já foram costumam descrever-lo como um lugar mágico.

Eu mesma nunca tinha ouvido falar. Depois que comecei a freqüentar grupos de mulheres que relatavam seus partos passei a ouvir a tal frase misteriosa: “então entrei na partolândia” e eu me perguntava: “que raio é esse de partolândia? Como se faz pra ir até lá? Pra quê ir até lá? O que tem lá?”.

Pra variar, fui estudar o assunto e descobri um mundo à parte. A verdade é que a partolândia tem vários endereços. Ela está dentro de cada fêmea deste mundo. Não é feita de conceito, não tem forma definida, não é construída através de cultura ou criação. Ela simplesmente está lá. E não requer exercícios específicos, treinamentos pra saber entrar nela. Nem se trata de um privilégio pra poucas. Sendo uma mulher prestes a parir, já é suficiente pra se ter o ingresso nas mãos.

O problema é que hoje em dia há trombadinhas especialistas em roubar tal ingresso das mãos de mulheres em trabalho de parto. Nem sempre esses trombadinhas são pessoas necessariamente. Algumas mulheres chegam a entrar na partolândia e são arrancadas de lá. Outras nem chegam a conhecer esse maravilhoso lugar e nem ficam sabendo de sua existência. Na verdade, alguns trombadinhas são bem intencionados, mas por não saberem da existência da partolândia e suas maravilhas, num ato que acreditam ser benéfico acabam tirando essa oportunidade da parturiente.

Hoje em dia o maior medo de uma gestante é o de sentir muita dor no trabalho de parto. É um pavor que vem sendo cultivado pela nossa sociedade através de uma catequização constante de que o parto é sofrido e doloroso. Vemos mulheres sofrendo horrores no parto em novelas, filmes e até programas de TV que prometem mostrar um parto real. Quantas vezes assisti a partos Frank (frankstein) no Discovery Home & Health com mulheres urrando de dor em posição frango assado suplicando pela anestesia com médicos e enfermeiras ao seu redor fazendo toque a todo momento pra saber a quantas anda a dilatação e falando o tempo todo com essa mulher: “vamos, faça força! Respira! Vamos! De novo! No 3 hein! 1-2-3, forçaaa!”. A coitada lá, suando, fazendo respiração cachorrinho quando de repente vem um anestesista e acaba com o sofrimento. Ela continua fazendo força, mas agora não se sabe por que o bebê não sai. Gritam com ela: “você não está fazendo força o suficiente! Vamos, força!”. O bebê então entra em sofrimento fetal visto através dos batimentos cardíacos no cardiotoco ligado desde o momento em que a mãe chegou na maternidade. O médico apela pro fórceps de alívio. Algumas vezes dá certo, outras não e a cesariana finalmente salva a vida do bebê. Em novelas da Globo é comum ver mulheres com um pano na boca pra morder de tanta dor, gritando e uma parteira molhando uma compressa (que até hoje não sei pra que serve) numa bacia de água. Essas verdadeiras visões do inferno contribuem pra que se propague cada vez mais uma visão negativa e aterrorizante de um evento natural, fisiológico e cheio de significado na vida de um ser-humano.

O medo da dor é reforçado através de relatos tenebrosos de parto normal que sempre culminam em tragédias. Depois de muito sofrimento materno, a maioria deles termina em crianças com retardo mental por falta de oxigenação, morte por enforcamento pelo cordão umbilical, morte por decapitação pelo fórceps e outras atrocidades. Geralmente as explicações são associadas ao corpo da mãe que não se comportou como deveria ou por ser defeituoso (falta de abertura, falta de dilatação, força insuficiente) ou como se fosse traiçoeiro (o bebê passou do tempo e começou a sofrer dentro da mãe, por exemplo). Mas tudo isso eu já falei em posts anteriores. O problema é que essa dor horrenda e esses episódios de sofrimento materno e fetal têm em 99% dos casos alguns fatores em comum que são ignorados pela maioria: ocorrem em maternidades, são explicados e registrados em prontuários por médicos e a mulher encontra-se em uma situação sempre semelhante: rodeada de pessoas (em sua maioria desconhecidas), num ambiente frio com luz forte, posição frango assado, restringida, etc. E a grande maioria não conhece a partolândia.

Seria o caso de perguntar: o que o hospital/maternidade tem a ver com o sofrimento, com a dor com o fato dessas mulheres não conhecerem a partolândia? O que a falta da partolândia tem a ver com o sofrimento? Afinal de contas...o que é essa partolândia?!? Então vamos nos aprofundar mais nisso.

O ser humano tem o cérebro mais avançado do reino animal. Isso se deve à formação do neocórtex, uma camada fina encontrada em volta do cérebro. O neocortex é responsável pelos pensamentos, pelo raciocínio. Abaixo do cérebro temos uma glândula famosa chamada hipotálamo. Ele é responsável pelo comportamento instintivo de todos os animais, inclusive nós humanos. Controla o sistema involuntário que mantém a temperatura, produz a fome quando precisamos nos alimentar secretando hormônios que atuam nas glândulas supra-renais. As supra-renais liberam outros hormônios que atuam diretamente no nosso comportamento em diferentes situações. Portanto, é o Hipotálamos que desencadeia processos primordiais para a continuação da espécie.

Para preservar a espécie, somos levados a dormir, acordar, caçar (na antiguidade), comer, beber, fazer necessidades, fazer sexo, gestar, parir, cuidar das crias, defender-se, fugir do perigo, etc. Cada comportamento é regido por uma cascata de hormônios e neurotransmissores (substâncias cerebrais) que em algumas circunstâncias podem ter sua secreção prejudicada pela ativação inadequada do neocortex.
O neocortex é ativado através de estímulos externos que levam o individuo à situação de alerta, como a necessidade de raciocinar. Perguntas, luz forte, ser observado, etc. Quando o neocortex é ativado, o hipotálamo pode sofrer um rebaixamento de sua atividade. Outras vezes, a ativação do neocortex leva a uma interpretação da situação que exige que o hipotálamo secrete uma substância contrária à que estava sendo secretada anteriormente. Por exemplo: uma substância secretada no estado de relaxamento que pode levar ao êxtase ou ao sono pode ser interrompida por um barulho que é interpretado como perigo levando o individuo a secretar adrenalina. O mesmo ocorre quando se é tocado repentinamente ou quando algo nos estressa. Pode ser o apito de uma máquina que verifica os batimentos cardíacos, a cara de preocupação do médico, uma enfermeira irritante, o marido nervoso, a sogra apavorada.

Então imaginemos uma pessoa adormecendo. Ela repousa num ambiente tranqüilo, com pouca ou nenhuma luz, silencioso ou com um som de fundo quase que hipnótico, ela vai se desligando dos problemas, dos pensamentos, entrando num estado de consciência completamente diferente como se mergulhasse em si mesma e finalmente dorme. A partir daí passa por vários estágios do sono a começar por alpha, que serão repetidos algumas vezes durante esse período de descanso. Com certeza se ocorrer um barulho, se acenderem uma luz forte na cara dessa pessoa, se tocarem nela principalmente de forma abrupta, se começar a fazer muito frio, se começarem a fazer perguntas ou se ela se sentir observada, seu estado muda automaticamente para a vigília e o sono é interrompido. E assim é um trabalho de parto (TP).

O TP deve ser comparado às necessidades básicas (principalmente dormir e fazer sexo) porque é igualmente regido pelo hipotálamo. Quando nos deixamos levar pelo TP em si sem nenhuma interrupção externa, sem nenhuma intervenção, somos automaticamente levadas á partolândia. Portanto, a partolândia nada mais é do que um estado de consciência que permite à mulher se comportar de maneira instintiva. A introspecção é o primeiro sintoma e isso pode começar dias antes quando a mulher começa a não querer participar de eventos coletivos e prefere ficar em um ambiente que julga seguro (na maioria das vezes sua própria casa) esperando a hora chegar. Quando o TP se inicia, a introspecção começa a ficar mais evidente mostrando a necessidade de fazer uma viagem para dentro de si.

Em muitos relatos de parto natural (sem intervenções) observo que as mulheres começam contando detalhadamente cada acontecimento e conforme o relato é desenvolvido, os detalhes vão se perdendo. Isso se deve à mudança de estado de consciência dessas mulheres que acabam por se desligar do mundo externo e entrar na partolândia onde apenas sensações são registradas e os pensamentos são quase inexistentes. Muitas vezes não se lembram quem estava presente, o que falaram. Apenas as sensações são descritas e eu nunca li ou ouvi nada parecido com sofrimento. Assim como quando dormimos ou temos um sexo satisfatório que nos leva a um orgasmo.

Há tempos já se sabe as principais substâncias secretadas durante a estadia na partolândia. No entanto, sabia-se apenas suas funções fisiológicas e que suas quantidades se modificam em cada estágio do TP. A ocitocina é responsável pela contração e a dilatação uterina. É a primeira a ser secretada no TP. As endorfinas atuam como analgésicos naturais relaxando a musculatura esquelética e diminuindo as sensações dolorosas. A adrenalina torna a atividade de expulsão do feto, no final do TP, mais eficaz. Hoje já se sabe que a atuação dessas substâncias vai além do físico alterando o comportamento, o que pode facilitar o entendimento das necessidades da parturiente e inclusive saber quanto seu útero está dilatado apenas observando como ela se comporta evitando, assim, toques desnecessários que podem tirar a mãe da partolândia.


Nota-se que nos partos naturais, logo após o nascimento, a mulher tende a posicionar-se de joelhos ou a sentar-se. Esta liberação de adrenalina é favorável aos mamíferos em geral, pois coloca a fêmea em situação de alerta. O bebê recebe parte desses hormônios do parto e, ao nascimento, está com as pupilas dilatadas. Ambos, o bebê e a mãe, possuem então condições fisiológicas para o contato olho no olho, fundamental na espécie humana.


A ocitocina é chamada de hormônio do amor por estar presente durante o orgasmo. Assim como no parto, a mulher não consegue chegar às vias de fato se não se entregar e se desligar do mundo externo. E só há entrega se ela estiver se sentindo à vontade e segura, num ambiente que propicia a concentração. Durante o orgasmo, assim como no TP, a ocitocina promove a contração uterina e é por todas essas semelhanças que dizemos que o parto faz parte da vida sexual dessa mulher. Portanto, o ambiente adequado pra ela parir é semelhante ao que ela considera ideal para fazer sexo. Um ambiente inadequado pode gerar inibição, medo, irritação e outras sensações desagradáveis que a fazem liberar adrenalina. Nesta fase do TP, a adrenalina compete receptores sensoriais com a ocitocina, o que quer dizer que a adrenalina inibe o efeito da ocitocina retardando o TP e aumentando a dor. A partir do momento em que o bebê nasce, a taxa de ocitocina na mulher chega ao seu ápice e é passada para o bebê através do cordão umbilical. Desse modo, ao se olharem, mãe e filho criam um vínculo forte que acelera o estabelecimento de uma interdependência que mais tarde culmina no amor entre os dois.


A ação das endorfinas é potente. Até a mulher atingir 8cm de dilatação a dor vai aumentando, porém continua suportável. A função da dor é estimular a secreção das endorfinas que trarão uma sensação prazerosa e concomitantemente a diminuição da dor. Principalmente se a secreção e propagação de endorfinas forem aceleradas através do relaxamento muscular e da dilatação dos vasos sanguíneos. Pra isso, existem métodos como massagem e água quente na região lombar.Se um estímulo externo tirar a parturiente da partolândia causando susto, constrangimento ou medo, ela liberará adrenalina que tem ação vaso-constritora dificultando a chegada das endorfinas, o que aumenta consideravelmente a dor. A partir da dilatação total (10cm), a maioria dos relatos revela que a dor diminui, isso comprova que a secreção de endorfinas já está a todo vapor. São opiáceos da família da morfina que não só tiram a dor mas ajudam a mulher a entrar nesse estado de consciência alterado e prazeroso. Hoje é sabido que o bebê também já secreta suas endorfinas e experimenta sensação semelhante durante o parto.


Com dilatação total, a ação da adrenalina se torna importante para a fase expulsiva do TP. Sua secreção nesse momento permite a ejeção. No sexo é responsável pela ejaculação, na amamentação é responsável pela ejeção do leite e no parto é responsável pela expulsão do bebê. A mulher se torna atenta, algumas vezes agressiva na medida exata para finalizar o TP e para cuidar de seu bebê assim que ele nasce. É comum ainda um estado de euforia devido às endorfinas combinado com a sensação de extrema energia e alerta importantes nesse momento. A dor simplesmente não existe mais. Os relatos são unânimes.


Durante a gestação, a mulher secreta prolactina que é responsável pela fabricação do leite. Este leite (chamado de colostro num primeiro momento) é armazenado nos alvéolos das mamas. Ao redor desses alvéolos existem células musculares que ao se contraírem, fazem com que os alvéolos secretem o leite. No momento do parto, o alto nível de ocitocina promove essa contração culminando na ejeção do leite por conta da adrenalina. Esse é o motivo pelo qual o leite desce mais rápido num parto natural.


Infelizmente, muitos médicos ignoram a partolândia criando protocolos infundados nas maternidades cheios de intervenções invasivas e desnecessárias. O fato da mulher ter de responder a uma série de perguntas faz com que ela ative o neocortex por ter de raciocinar o lado primitivo do cérebro e, portanto, dificultando o ingresso á partolândia. A sala fria desconcentra. Muitas pessoas observando inibe. Toques vaginais freqüentes também. A luz forte ativa o estado de alerta e o ambiente estranho gera insegurança. O fato da mulher ficar restringida numa maca desconfortável sem poder mudar de posição é uma das coisas que mais dificulta (se não impedir) o ingresso á partolândia. Além de desconfortável e inibitória, a posição de frango assado (proibida durante toda a gestação) faz com que o peso do útero e do bebê comprimam a artéria que leva oxigenação para o bebê, além de impedir a ação da gravidade (utilizada no parto de cócoras), o que dificulta a saída do bebê. Esta posição é a campeã de TPs demorados regados a dor materna e sofrimento fetal por falta de oxigenação adequada, culminando em intervenções que se não fosse tal posição seriam desnecessárias.

Isto não quer dizer que uma mulher que não ingressa na partolândia não ame seu filho ou não consiga amamentá-lo. Mas sem dúvida entrar em TP e realizar um parto natural propicia uma experiência única para mãe e filho. Geralmente, ao entrar na partolândia, a mulher vivencia um mergulho em si mesma que modifica seu modo de ver o mundo e a si mesma. É uma experiência que permite o auto-conhecimento num nível que de outra forma seria impossível. Ela experimenta de forma intensa do que seu corpo é capaz e do que ela é capaz, mudando sua auto-estima. Relatos constantemente descrevem que após o parto sentem-se capazes de absolutamente tudo. Muitas inseguranças vão embora. É comum mulheres que foram à partolândia mudarem seu comportamento com relação ao que a sociedade preconiza. Segura de si, a mulher da partolândia dificilmente sucumbe aos padrões estéticos, profissionais e morais ditados e acredita mais nas suas vontades. Desse modo, desenvolve menos depressão pós-parto, menos problemas com amamentação e vivencia um amadurecimento mais precoce.

Tal amadurecimento é vivenciado a partir do momento em que o vinculo mãe-filho fortificado pela ação da ocitocina é, posteriormente, sedimentado pela prolactina. A prolactina também tem um efeito comportamental. Ao passar pela partolândia e ter altos níveis de ocitocina, esta felizarda mãe também experimenta altos níveis de prolactina (níveis esses impossíveis de serem alcançados por quem não foi à partolândia). A prolactina tende a provocar estados mentais de subordinação e submissão às leis da natureza. Isto vem sendo amplamente estudado e comprovado na Suécia. Esta subordinação aumenta a adaptabilidade às necessidades do bebê. Este vem sendo apontado como um dos motivos para que mães visitantes da partolândia terem maior sucesso na amamentação.

A amamentação não é inata e nem fácil. Mas os altos níveis de prolactina permitem uma melhor adaptação e uma maior força de vontade para driblar os problemas e conseguir amamentar o bebê. Além disso, é comum que mães da partolândia (como as índias e de mulheres de outros países também) amamentem durante anos. Isto porque a modernização do parto juntamente com a necessidade de trabalhar fora faça com que a prolactina seja liberada em menor quantidade e por um período curto de tempo, provocando um desmame precoce.

São comuns as queixas de uma amamentação sofrida, cheia de frustrações e sensações ruins que levam algumas mães e verem esse período com sofrimento e sucumbirem a explicações sem fundamento do tipo: “tenho pouco leite” ou “meu leite não sustenta” para justificarem um comportamento repulsivo á amamentação que nem elas sabem explicar, mas que gera culpa. Já as mães que passaram pela partolândia costumam relatar experiências felizes com a amamentação e chegam a lastimar quando o filho dá o grito de independência não pedindo mais o peito. É nesse momento que nota-se uma tendência maior de se doar nas mães da partolândia.

FONTE: http://novamamae.blogspot.com/2009/02/partolandia.html

Tudo sobre a cólica dos bebês

Depois do terceiro mês, passa. Até lá é preciso paciência e tranqüilidade.


É fim de tarde e seu filho chora sem parar. E, como em todos os dias, no mesmo horário, você já checou a fralda, amamentou, agasalhou ou tirou o excesso de roupa. De nada adiantou. O choro continua intenso, mas de repente pára. Você respira aliviada. E, quando menos espera, começa tudo de novo. Cada vez mais estridente.

Quem já passou pela situação sabe: é uma cena típica de um recém-nascido sofrendo com as famosas e temidas cólicas. Esses são os sinais mais comuns da dor abdominal que atinge 75% dos bebês nos primeiros três meses de vida, geralmente no início da tarde ou durante a noite. Sempre no mesmo horário.

E não estão associadas a nenhuma doença. São um mero problema fisiológico, comum em recém-nascidos, que têm um sistema digestivo ainda imaturo, até por falta de experiência. Quando o bebê mama, os intestinos contraem e relaxam, provocando as cólicas, que podem durar cerca de três horas. Também há estudos que relacionam as cólicas à alimentação da mãe. E ainda é possível que o bebê não esteja sugando corretamente o peito e engolindo muito ar durante a amamentação.

Porém, o sentimento dos pais influencia – e muito – a vida do bebê. Se eles ficarem nervosos e inseguros, passam esses sentimentos ao bebê, que, por sua vez, fica ainda mais aflito. Dependendo do comportamento dos pais, as cólicas podem piorar, sim. Os pediatras são unânimes: o comportamento da criança é um reflexo do meio em que vive.
Sinais de cólica

- O bebê chora sem parar
- Ele se contorce e flexiona as perninhas em direção ao abdome
- A barriga fica endurecida
- A criança solta gases
- O rosto fica avermelhado
- As mãos ficam com os punhos fechados
- A expressão do rosto é de dor e sofrimento

Até quando o bebê vai ter?

Esse mal-estar dura em média três meses. Tempo que o organismo do bebê leva para amadurecer o mecanismo da digestão. Faz sentido. Aos 3 meses, o bebê completa um ciclo de 12 meses desde a fecundação, ou seja, 1 ano de vida, se contarmos a vida intra-uterina. Ele deixa de ser um “RN”, como são conhecidos os recém-nascidos. É por isso que no quarto mês, cérebro e intestinos já se entendem melhor e as cólicas deixam de ocorrer.
A hora do choro, não faltam palpites. Algumas dicas são válidas para evitar o sofrimento do bebê. Confira as mais importantes.

Muita calma nessa hora Mantenha-se tranqüila para que o bebê sinta-se seguro e protegido em seu colo.

De bruços Deixe, algumas vezes por dia – sempre que puder supervisionar o sono – o bebê deitado de bruços para facilitar a eliminação dos gases. A retenção do ar na barriga provoca dores.

Cocô em dia
O intestino preso é uma das causas das cólicas. Se seu filho estiver com muita dificuldade de evacuar, peça orientações ao pediatra.

Sem engolir ar
Ao amamentar, evite que o bebê engula ar. Isso provoca a formação de bolhas que, quando chegam aos intestinos, contribuem para as cólicas. Observe também se ele está mamando corretamente. Ele não faz barulho e não aparecem covinhas no canto da boca. Se isso ocorrer, ele está “chupetando”, ou seja, brincando com o mamilo como se fosse uma chupeta. Nesse caso, em vez de mamar, ele está engolindo ar. Isso pode acarretar cólicas. Para a mãe saber se o bebê está sugando perfeitamente, ela deve observar se ele mexe todo o maxilar e os lóbulos das orelhas.
Veja a seguir três opções de posições para impedir que o bebê engula ar durante a amamentação.

- Padrão – A barriga da mãe deve estar colada à barriga do bebê. A mão dela fica encaixada no bumbum da criança e sua cabeça deitada no meio do braço da mãe. As narinas do bebê devem estar sempre livres para que possa respirar bem enquanto mama.

- Invertida – A mãe encaixa o filho como se ele estivesse transversal embaixo do braço, com as pernas para trás do corpo da mãe. Com a outra mão livre, ela controla a cabecinha do bebê. Esse tipo é ideal para quando a mãe está com o mamilo machucado. Também vale se o bebê acostumou-se apenas com um dos seios.

- Bebê sentado – A criança fica sentada de frente para a mãe. Amamentando assim, os mamilos feridos também são poupados.

Importante!
Após mamar, o bebê deve arrotar com o corpo bem esticadinho. Em seguida, coloque-o para dormir de lado, para evitar a regurgitação.
Como é impossível evitar as cólicas, o melhor é estar preparado para elas. Tenha em mente que as dores que o bebê sente são passageiras e significam amadurecimento do organismo. E os pais ajudam muito se ficarem tranqüilos e acolherem o pequeno. Colo, massagem e carinho são fundamentais nessa hora.
Veja algumas dicas que podem amenizar a dor e acalmar o bebê no momento da cólica:
- Deite-o de bruços e embale-o no braço.
- Outra maneira é colocar a barriguinha dele em contato com o seu abdome: calor e aconchego ao mesmo tempo são imbatíveis!
- Aquecer o local traz conforto. Use um paninho esquentado a ferro ou opte por uma bolsa de água quente, pode ser aquelas que são aquecidas no forno de microondas. Tome cuidado para não deixar esquentar demais e nunca encoste a superfície quente direto na pele da criança. Coloque a bolsa sobre a roupa ou uma toalha.
- Fique com o bebê em um ambiente aconchegante, à meia luz e, se puder, escolha uma música relaxante.
- Apesar de o peito acalmar a criança, evite amamentá-la, pois a sucção estimula as contrações intestinais, que agravam as dores.
- Massagens na barriga ajudam a soltar os gases. Passe a mão, se quiser com um pouquinho de óleo de bétula ou de amêndoa, em movimento circulares. Isso aquece o local e acalma o pequeno.
- Exercícios com as pernas também contribuem para diminuir as dores e soltar gases. Deite o bebê de costas e flexione as suas perninhas sobre o adbome.
- Caso as cólicas continuem intensas, pode-se recorrer a um medicamento antiespasmódico, depois de consultar o pediatra.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI919-15325-3,00-TUDO+SOBRE+A+COLICA+DOS+BEBES.html

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