sábado, 14 de agosto de 2010

Nesse tempo que tenho acompanhado mulheres como doula, tem sido unânime a dúvida sobre relações sexuais durante a gestação. Resolvi então fazer uma pesquisa rápida na internet, vejam parte dos achados:

Curiosidades: Gravidez e vida sexual
Na maioria dos casos é natural/saudável ter relações sexuais durante a gravidez. No entanto, muitos homens ficam hesitantes em “put their penis next to the baby’s head”. A verdade é que apenas em alguns casos raros pode ser perigoso. O que é de fato algo exótico é que durante o sexo oral o parceiro não pode introduzir ar na vagina, de forma alguma! Tal fato é perigoso tanto para a mãe como para o bebê causando uma bolha de ar na corrente sanguínea introduzida através da placenta...

Algumas mulheres acham muito mais fácil atingir o orgasmo quando estão grávidas o que pode constituir uma surpresa agradável para ambos! Na fase mais adiantada da gravidez recomenda-se a prática de posições diferentes que são mais adequadas como a penetração vaginal ("doggie style"). Muitos casais também descobriram que utilizar almofadas aqui e ali ajuda bastante...


O mais engraçado é que na fase final da gravidez o esperma contém substâncias que podem ajudar ao trabalho de parto! Assim, recomenda-se muita atividade sexual na fase final da gravidez para preparar o trabalho de parto! Além disso, ter orgasmos bem como estimulação dos mamilos causa a emissão de substâncias no cérebro que são exatamente as mesmas que os médicos utilizam no início do trabalho de parto. E quem não trocaria ter de fazer isto no hospital por fazer sexo em casa?

Bem diferente de algumas décadas atrás, o homem tem participado mais ativamente do processo gestacional e de parto. A freqüência masculina nas clínicas obstétricas cresceu consideravelmente, pelo acompanhamento de esposas e namoradas grávidas. Conclui-se então, que a gestação é uma etapa não só da vida da mulher, mas sim do casal envolvido.

Sendo assim, não podemos deixar de lado, o que vem e virá por trás de tudo isso, no que diz respeito ao relacionamento, à sexualidade do casal grávido. Homens e mulheres passam por diversas modificações e adaptações físicas, emocionais, familiares e sociais no decorrer da gestação, havendo inclusive casos de alterações no próprio homem como aumento de peso, desconforto, insegurança depressão, ansiedade, e até mesmo intolerância gástrica.

Porém, na mulher, os efeitos de uma gravidez tendem a ser mais contundentes, pois além de envolver diversas questões existenciais, há uma certa revolução hormonal, e profundas modificações em todo o seu esquema corporal. Aparece o conflito entre a mistura de papéis: o de amante, de esposa (namorada), de mulher e de mãe, gerando instabilidade emocional, e comprometendo seriamente a libido, pois a mulher pode não se sentir atraente, ou feminina, diminuindo assim a auto-estima.

Quando rebaixada, a auto-estima se manifesta por extrema insegurança, dando um certo descrédito com relação aos sentimentos do parceiro. Portanto, a maneira como a mulher se percebe, e percebe a atração do parceiro, se amada e desejada, irá influir decisivamente em sua auto-estima, em sua afetividade, e conseqüentemente em sua sexualidade.

Para o homem, as tensões e responsabilidades sobre o futuro não exercem tanta influência sobre a sua performance sexual. Dependendo de suas preferências, as alterações estéticas corporais da mulher são mais significativas, e podem servir como barreira ao estímulo de sua libido. O desejo sexual varia muito durante a gravidez. Vale lembrar que isso não é uma regra, e pode ser diferente entre várias mulheres ou numa mesma mulher em gestações diferentes.



No primeiro trimestre de gestação, a tendência é a de diminuição do desejo sexual da mulher. A emoção da realização do desejo de ser mãe encobre todos os outros desejos, voltando-se assim para o preparo do enxoval, os cuidados como corpo, e outras preocupações características da gestação. As fantasias sobre o aborto aparecem, e alguns desconfortos decorrentes dessa fase, como enjôos, náuseas e sonolência também contribuem para um certo afastamento do sexo. Pode acontecer também, para ambos, o surgimento do conflito da mulher-esposa-amante X mulher-esposa-mãe, causando uma certa confusão de papéis e como conseqüência um certo bloqueio sexual.

A partir do segundo trimestre, a tendência do desejo sexual é a de voltar ao normal, podendo muitas vezes até ser aumentado. Devido ao aumento do fluxo sangüíneo, as secreções vaginais são muito profusas. Portanto, a gestante geralmente torna-se pronta para a penetração muito mais cedo do que o usual. A mulher, desta forma, pode passar a achar o sexo bem mais excitante e satisfatório que antes de engravidar.

Muitas mulheres confessam ter atingido o orgasmo pela primeira vez nessa fase, ou até mesmo ter conseguido orgasmos múltiplos. Para o homem, pode haver seu primeiro impacto com relação ao corpo da mulher, pois é nessa fase que as alterações físicas tornam-se mais perceptíveis.



O terceiro e último trimestre é cercado de dificuldades: algumas advindas do crescimento da barriga, tais como posição satisfatória para o sexo e o aumento da freqüência urinária. Outras, de caráter mais emocional, pois é nessa fase que os movimentos fetais são mais fortes e mais facilmente percebidos pelo parceiro, causando assim a sensação de o casal estar sendo espionado por uma terceira pessoa.

Alguns homens temem "machucar" o bebê. Há o retorno do receio de aborto ou do parto prematuro. Sendo assim, alguns casais se abstêm totalmente das relações sexuais, e outros diminuem consideravelmente. Essa fase normalmente coincide com uma fase de intensa queda na auto-estima, devido às alterações corporais, preocupação excessiva com o parto, diminuição do interesse do parceiro, etc.

As opiniões dos obstetras nessa fase são um pouco contraditórias. No último mês, alguns recomendam total abstinência. Outros deixam essa questão livre, muitas vezes até incentivando a prática sexual, ajudando na diminuição da ansiedade da mulher. Porém, concordam sempre na suspensão do sexo caso haja algum risco obstétrico, como descolamento placentário, risco de parto prematuro, entre outros.

Para concluir, podemos dizer que: maternidade e libido caminham juntos. Portanto, é sempre bom lembrar, que uma não anula a outra. Quando a gravidez não é de risco (fato esse ressaltado pelo médico durante o pré-natal), faz bem manter relações sexuais. O sexo aumenta a cumplicidade do casal, alivia tensões, relaxa e, acima de tudo, dá um enorme prazer.

Além disso, o sexo exercita os músculos pélvicos, mantendo-os firmes e flexíveis para o parto. O que pode atrapalhar, como foi dito anteriormente, é o crescimento da barriga e a falta de posições para o sexo. Porém, lembre-se sempre que sexo não se restringe apenas à penetração. Há outras práticas que podem ser muito prazerosas, e quem vive bem com a sexualidade durante a gravidez só tem a ganhar!


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