domingo, 26 de dezembro de 2010
NASCE O BLOG DOULAR
JÁ FAZ ALGUM TEMPO QUE VENHO AMADURECENDO A IDÉIA DE FAZER UM BLOG ESPECÍFICO PARA ASSUNTOS LIGADOS À MATERNIDADE.
HOJE TORNEI REAL ESTE SONHO!
AGORA VOCÊ TERÁ UM ENDEREÇO ESPECÍFICO PARA CONFERIR TUDO O QUE SE FALA SOBRE A MAGIA DA MATERNIDADE.
ENTÃO NOS ENCONTRAMOS TAMBÉM LÁ: http://doular.blogspot.com
UM GRANDE ABRAÇO!
domingo, 12 de dezembro de 2010
Planeje seu parto e informe-se!
Publicação: 03/12/2010 12:16 Atualização: 03/12/2010 20:03
Planejando cada etapa
Toda gestante pode ter um plano de parto, que é uma lista de desejos por escrito. No caso de um parto sem complicações, é perfeitamente possível que a equipe médica siga seu plano, que pode ser feito com o obstetra e deve ser levado, impresso, no dia do parto. “Os casais brasileiros estão percebendo cada vez mais que os médicos e profissionais da saúde bem-intencionados nem sempre têm respaldo científico que sustentem as práticas obstétricas comuns e que muitas dessas práticas são adotadas simplesmente por serem parte de uma tradição médico-hospitalar”, afirma Ana Cris Duarte, do site Amigas do Parto.
“O pai ou mesmo a mãe pode ter uma conversa prévia com o neonatologista, com o anestesista, com os enfermeiros. Explicar suas preferências. Mostrar o plano de parto para eles e combinar a possibilidade dele ser respeitado”, recomenda a psicóloga e doula Clarissa Khan. É indicado que seu plano de parto tenha indicações tanto para um trabalho de parto normal, quanto para uma cesariana.
O que pode constar em um plano de parto:
- O local onde você deseja parir: em casa, na casa de parto, no hospital?
- Quem serão seus acompanhantes.
- Desejos como liberdade de caminhar, uso da água no trabalho de parto, liberdade para ingestão de alimentos e bebidas, aparelho de som ligado no momento do parto, luz baixa.
- Infusão intravenosa apenas se houver indicação médica.
- Rompimento espontâneo da bolsa d’água.
- Clampeamento do cordão umbilical apenas depois que ele parar de pulsar, com o corte feito pelo pai.
- Bebê colocado imediatamente no colo da mãe (ou sobre a barriga ou nos seus braços).
- Bebê amamentado assim que possível.
-Tirar fotografias ou filmar o parto.
Pesquise, informe-se e decida!
Conheça importantes pesquisas que fortalecem a corrente do parto humanizado:
- A questão do clampeamento do cordão umbilical
O cordão umbilical é um elo entre mãe e filho de vital importância. É por ele que a placenta faz a troca gasosa com o feto e envia os nutrientes necessários para seu desenvolvimento. Quando a criança nasce, o cordão umbilical, ainda ligado à placenta, continua enviando sangue oxigenado. Dando tempo para que os pulmões do bebê se adaptem às novas condições e realize os movimentos de inspiração e expiração sem pressa. De forma gradativa. Enquanto o cordão umbilical pulsa, ele ainda está fazendo a troca. Levando em consideração estudos que apontavam que o corte tardio do cordão umbilical, e não imediato, reduzia o risco de anemia em crianças (por aumentar a concentração de hemoglobina e ferro no sangue), a pesquisadora e pediatra Sônia Venâncio pesquisou, no ano de 2006, as consequências do corte imediato do cordão umbilical, praticado em grande parte dos partos e apoiado nos seguintes argumentos: ele preveniria a icterícia, a policitemia e a anemia materna.
Sônia analisou 109 casos de cortes imediatos e 115 casos de cortes tardios, investigando a relação do clampeamento do cordão umbilical com a diminuição dos estoques de ferro em bebês com até 6 meses de vida. Os resultados encontrados confirmaram os benefícios do corte tardio por, de fato, aumentar o estoque de ferro. E, desmitificando a antiga crença, não foram verificadas no estudo maior frequência de icterícia, policitemia ou complicações maternas decorrentes do clampeamento tardio do cordão umbilical. “Deve-se permite que a função pulmonar se estabeleça gradualmente. Para que o bebê possa expelir as secreções com tranquilidade e respirar de maneira mais fisiológica”, adverte o obstetra Thomas Gollop.
- Ultrassonografias
Um estudo da pesquisadora Maria do Carmo Leal apontou que muitos filhos de cesarianas eletivas (pré-marcadas) nascem antes do tempo ideal. O motivo seria o fato das ultrassonografias terem uma margem de erro que nem sempre é considerada. Muitas crianças acabam nascendo imaturas, com 35 a 36 semanas (pré termo tardias), quando os médicos achavam que ela tinha 38 semanas. “O bebê nasce com desconforto respiratório, angústia e, em vez de amadurecer no ventre materno, acaba indo para uma máquina incubadora. E ninguém explica para a mãe, que fica angustiada, o que realmente desencadeou a internação do recém-nascido. Isso é um problema sério. A natureza tem sua sabedoria. O trabalho de parto indica a maturidade da criança, inicia na hora certa”, alerta a médica Daphne Rattner.
Fique atento
No documento divulgado pela Organização Mundial de saúde, algumas práticas comuns na condução do parto normal são classificadas, com base em evidências científicas e em debates de profissionais. Separamos as mais populares:
1. Uso rotineiro de enema (lavagem intestinal):
O que diz a OMS: os enemas supostamente estimulam as contrações uterinas e o intestino vazio facilitaria a descida da cabeça do bebê pelo canal vaginal. Também evitaria contaminação. Entretanto, essa é uma prática incômoda que apresenta risco de lesão intestinal.
O que dizem os estudos: dois estudos (Rommey e Gordon, 1981, e Drayton e Rees, 1984) não detectaram efeitos sobre a duração do trabalho de parto ou sobre infecção neonatal ou infecção da incisão de episiotomia.
2. Uso rotineiro de tricotomia (raspagem dos pelos pubianos)
O que diz a OMS: a tricotomia é considerada desnecessária e somente deve ser realizada a pedido da mulher.
O que dizem os estudos: são de 1922 (Johnston e Sidall) e 1965 (Kantor) os estudos que derrubam a tese de que a tricotomia reduziria riscos de infecção e facilitaria a sutura. O uso rotineiro, pode, inclusive aumentar o risco de infecção pelos vírus HIV e da hepatite, tanto para o parteiro quanto para a parturiente.
3. Infusão intravenosa e suspensão da ingestão de líquidos e sólidos
O que diz a OMS: as opiniões sobre a necessidade de nutrição intravenosa durante o parto variam amplamente em todo o mundo. O trabalho de parto requer enorme quantidade de energia. Como não se pode prever sua duração, é preciso repor essas fontes de energia. A restrição severa da ingestão oral de alimentos pode levar à desidratação.
O que dizem os estudos: essa necessidade de energia é normalmente compensada por uma infusão intravenosa de glicose. Estudos que datam de 1980, 1981 e 1982 apontaram que o aumento da glicose acompanhava um aumento nos níveis maternos de insulina, o que pode levar a uma série de complicações, que podem ser evitadas com a simples oferta de líquidos e alimentos leves para a gestante ingerir.
4. Recomendação de que a gestante fique deitada
O que diz a OMS: ficar deitada durante o primeiro estágio do trabalho de parto afeta o fluxo sanguíneo uterino, podendo comprometer o estado fetal.
O que dizem os estudos: para publicações como Ambulation in labour e Upright posture and the efficiency of labor, a posição supina (deitada com a barriga para cima) também reduz a intensidade das contrações, interferindo no progresso do trabalho de parto. Ficar de pé está associado a uma maior intensidade e maior eficiência das contrações.
5. Administração de ociócitos e ruptura mecânica da bolsa d’água
O que diz a OMS: esse é um método de prevenção do trabalho de parto prolongado. Muitas vezes, essas ações são iniciadas de forma tão precoce, mesmo não apresentando nenhum motivo válido para tal.
O que dizem os estudos: um estudo controlado (O’Driscoll, 1973) verificou aumento considerável de desacelerações de batimentos cardíacos fetais após a ruptura precoce da bolsa. Quanto à infusão de ocitocina, não existem benefícios comprovados de seu uso. Sua infusão inibe a produção natural da ocitocina e pode deixar o trabalho de parto ainda mais doloroso.
6. Controle da dor por analgesia peridural
O que dia a OMS: a peridural fornece um alívio melhor e mais duradouro da dor que muitos outros métodos. Mas exige condições importantes: o trabalho de parto deve ocorrer em um hospital bem equipado e sobre a constante supervisão de um anestesista. Porém, com seu uso, há uma tendência para que o primeiro estágio do trabalho de parto seja mais longo.
O que dizem os estudos: um estudo americano recente apontou que o número de cesarianas aumentou quando a analgesia peridural foi usada durante o trabalho de parto.
7. Uso liberado da episiotomia
O que diz a OMS: a episiotomia é um corte cirúrgico feito na região do períneo. Ele visa facilitar ou acelerar a saída do bebê e evitar uma laceração de terceiro grau. Porém, uma vez que a incidência de laceração de segundo grau é de cerca de 0,4%, o diagnóstico perde seu significado. Não existem evidências de que seu uso rotineiro seja benéfico.
O que dizem os estudos: o uso liberal da episiotomia está associado a maiores taxas de traumatismo ao períneo. Com ou sem o uso do método, mulheres tiveram um grau comparável de dor perineal avaliada aos 10 dias e 3 meses após o parto.
Planejando cada etapa
Toda gestante pode ter um plano de parto, que é uma lista de desejos por escrito. No caso de um parto sem complicações, é perfeitamente possível que a equipe médica siga seu plano, que pode ser feito com o obstetra e deve ser levado, impresso, no dia do parto. “Os casais brasileiros estão percebendo cada vez mais que os médicos e profissionais da saúde bem-intencionados nem sempre têm respaldo científico que sustentem as práticas obstétricas comuns e que muitas dessas práticas são adotadas simplesmente por serem parte de uma tradição médico-hospitalar”, afirma Ana Cris Duarte, do site Amigas do Parto.
“O pai ou mesmo a mãe pode ter uma conversa prévia com o neonatologista, com o anestesista, com os enfermeiros. Explicar suas preferências. Mostrar o plano de parto para eles e combinar a possibilidade dele ser respeitado”, recomenda a psicóloga e doula Clarissa Khan. É indicado que seu plano de parto tenha indicações tanto para um trabalho de parto normal, quanto para uma cesariana.
O que pode constar em um plano de parto:
- O local onde você deseja parir: em casa, na casa de parto, no hospital?
- Quem serão seus acompanhantes.
- Desejos como liberdade de caminhar, uso da água no trabalho de parto, liberdade para ingestão de alimentos e bebidas, aparelho de som ligado no momento do parto, luz baixa.
- Infusão intravenosa apenas se houver indicação médica.
- Rompimento espontâneo da bolsa d’água.
- Clampeamento do cordão umbilical apenas depois que ele parar de pulsar, com o corte feito pelo pai.
- Bebê colocado imediatamente no colo da mãe (ou sobre a barriga ou nos seus braços).
- Bebê amamentado assim que possível.
-Tirar fotografias ou filmar o parto.
Pesquise, informe-se e decida!
Conheça importantes pesquisas que fortalecem a corrente do parto humanizado:
- A questão do clampeamento do cordão umbilical
O cordão umbilical é um elo entre mãe e filho de vital importância. É por ele que a placenta faz a troca gasosa com o feto e envia os nutrientes necessários para seu desenvolvimento. Quando a criança nasce, o cordão umbilical, ainda ligado à placenta, continua enviando sangue oxigenado. Dando tempo para que os pulmões do bebê se adaptem às novas condições e realize os movimentos de inspiração e expiração sem pressa. De forma gradativa. Enquanto o cordão umbilical pulsa, ele ainda está fazendo a troca. Levando em consideração estudos que apontavam que o corte tardio do cordão umbilical, e não imediato, reduzia o risco de anemia em crianças (por aumentar a concentração de hemoglobina e ferro no sangue), a pesquisadora e pediatra Sônia Venâncio pesquisou, no ano de 2006, as consequências do corte imediato do cordão umbilical, praticado em grande parte dos partos e apoiado nos seguintes argumentos: ele preveniria a icterícia, a policitemia e a anemia materna.
Sônia analisou 109 casos de cortes imediatos e 115 casos de cortes tardios, investigando a relação do clampeamento do cordão umbilical com a diminuição dos estoques de ferro em bebês com até 6 meses de vida. Os resultados encontrados confirmaram os benefícios do corte tardio por, de fato, aumentar o estoque de ferro. E, desmitificando a antiga crença, não foram verificadas no estudo maior frequência de icterícia, policitemia ou complicações maternas decorrentes do clampeamento tardio do cordão umbilical. “Deve-se permite que a função pulmonar se estabeleça gradualmente. Para que o bebê possa expelir as secreções com tranquilidade e respirar de maneira mais fisiológica”, adverte o obstetra Thomas Gollop.
- Ultrassonografias
Um estudo da pesquisadora Maria do Carmo Leal apontou que muitos filhos de cesarianas eletivas (pré-marcadas) nascem antes do tempo ideal. O motivo seria o fato das ultrassonografias terem uma margem de erro que nem sempre é considerada. Muitas crianças acabam nascendo imaturas, com 35 a 36 semanas (pré termo tardias), quando os médicos achavam que ela tinha 38 semanas. “O bebê nasce com desconforto respiratório, angústia e, em vez de amadurecer no ventre materno, acaba indo para uma máquina incubadora. E ninguém explica para a mãe, que fica angustiada, o que realmente desencadeou a internação do recém-nascido. Isso é um problema sério. A natureza tem sua sabedoria. O trabalho de parto indica a maturidade da criança, inicia na hora certa”, alerta a médica Daphne Rattner.
Fique atento
No documento divulgado pela Organização Mundial de saúde, algumas práticas comuns na condução do parto normal são classificadas, com base em evidências científicas e em debates de profissionais. Separamos as mais populares:
1. Uso rotineiro de enema (lavagem intestinal):
O que diz a OMS: os enemas supostamente estimulam as contrações uterinas e o intestino vazio facilitaria a descida da cabeça do bebê pelo canal vaginal. Também evitaria contaminação. Entretanto, essa é uma prática incômoda que apresenta risco de lesão intestinal.
O que dizem os estudos: dois estudos (Rommey e Gordon, 1981, e Drayton e Rees, 1984) não detectaram efeitos sobre a duração do trabalho de parto ou sobre infecção neonatal ou infecção da incisão de episiotomia.
2. Uso rotineiro de tricotomia (raspagem dos pelos pubianos)
O que diz a OMS: a tricotomia é considerada desnecessária e somente deve ser realizada a pedido da mulher.
O que dizem os estudos: são de 1922 (Johnston e Sidall) e 1965 (Kantor) os estudos que derrubam a tese de que a tricotomia reduziria riscos de infecção e facilitaria a sutura. O uso rotineiro, pode, inclusive aumentar o risco de infecção pelos vírus HIV e da hepatite, tanto para o parteiro quanto para a parturiente.
3. Infusão intravenosa e suspensão da ingestão de líquidos e sólidos
O que diz a OMS: as opiniões sobre a necessidade de nutrição intravenosa durante o parto variam amplamente em todo o mundo. O trabalho de parto requer enorme quantidade de energia. Como não se pode prever sua duração, é preciso repor essas fontes de energia. A restrição severa da ingestão oral de alimentos pode levar à desidratação.
O que dizem os estudos: essa necessidade de energia é normalmente compensada por uma infusão intravenosa de glicose. Estudos que datam de 1980, 1981 e 1982 apontaram que o aumento da glicose acompanhava um aumento nos níveis maternos de insulina, o que pode levar a uma série de complicações, que podem ser evitadas com a simples oferta de líquidos e alimentos leves para a gestante ingerir.
4. Recomendação de que a gestante fique deitada
O que diz a OMS: ficar deitada durante o primeiro estágio do trabalho de parto afeta o fluxo sanguíneo uterino, podendo comprometer o estado fetal.
O que dizem os estudos: para publicações como Ambulation in labour e Upright posture and the efficiency of labor, a posição supina (deitada com a barriga para cima) também reduz a intensidade das contrações, interferindo no progresso do trabalho de parto. Ficar de pé está associado a uma maior intensidade e maior eficiência das contrações.
5. Administração de ociócitos e ruptura mecânica da bolsa d’água
O que diz a OMS: esse é um método de prevenção do trabalho de parto prolongado. Muitas vezes, essas ações são iniciadas de forma tão precoce, mesmo não apresentando nenhum motivo válido para tal.
O que dizem os estudos: um estudo controlado (O’Driscoll, 1973) verificou aumento considerável de desacelerações de batimentos cardíacos fetais após a ruptura precoce da bolsa. Quanto à infusão de ocitocina, não existem benefícios comprovados de seu uso. Sua infusão inibe a produção natural da ocitocina e pode deixar o trabalho de parto ainda mais doloroso.
6. Controle da dor por analgesia peridural
O que dia a OMS: a peridural fornece um alívio melhor e mais duradouro da dor que muitos outros métodos. Mas exige condições importantes: o trabalho de parto deve ocorrer em um hospital bem equipado e sobre a constante supervisão de um anestesista. Porém, com seu uso, há uma tendência para que o primeiro estágio do trabalho de parto seja mais longo.
O que dizem os estudos: um estudo americano recente apontou que o número de cesarianas aumentou quando a analgesia peridural foi usada durante o trabalho de parto.
7. Uso liberado da episiotomia
O que diz a OMS: a episiotomia é um corte cirúrgico feito na região do períneo. Ele visa facilitar ou acelerar a saída do bebê e evitar uma laceração de terceiro grau. Porém, uma vez que a incidência de laceração de segundo grau é de cerca de 0,4%, o diagnóstico perde seu significado. Não existem evidências de que seu uso rotineiro seja benéfico.
O que dizem os estudos: o uso liberal da episiotomia está associado a maiores taxas de traumatismo ao períneo. Com ou sem o uso do método, mulheres tiveram um grau comparável de dor perineal avaliada aos 10 dias e 3 meses após o parto.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
A PARTOLÂNDIA
Existe um lugar secreto pra onde podemos ir. É um lugar pouco divulgado, antes mais pessoas visitavam, hoje apenas uma minoria tem a oportunidade de ir até lá. Mas todas as pessoas que já foram costumam descrever-lo como um lugar mágico.
Eu mesma nunca tinha ouvido falar. Depois que comecei a freqüentar grupos de mulheres que relatavam seus partos passei a ouvir a tal frase misteriosa: “então entrei na partolândia” e eu me perguntava: “que raio é esse de partolândia? Como se faz pra ir até lá? Pra quê ir até lá? O que tem lá?”.
Pra variar, fui estudar o assunto e descobri um mundo à parte. A verdade é que a partolândia tem vários endereços. Ela está dentro de cada fêmea deste mundo. Não é feita de conceito, não tem forma definida, não é construída através de cultura ou criação. Ela simplesmente está lá. E não requer exercícios específicos, treinamentos pra saber entrar nela. Nem se trata de um privilégio pra poucas. Sendo uma mulher prestes a parir, já é suficiente pra se ter o ingresso nas mãos.
O problema é que hoje em dia há trombadinhas especialistas em roubar tal ingresso das mãos de mulheres em trabalho de parto. Nem sempre esses trombadinhas são pessoas necessariamente. Algumas mulheres chegam a entrar na partolândia e são arrancadas de lá. Outras nem chegam a conhecer esse maravilhoso lugar e nem ficam sabendo de sua existência. Na verdade, alguns trombadinhas são bem intencionados, mas por não saberem da existência da partolândia e suas maravilhas, num ato que acreditam ser benéfico acabam tirando essa oportunidade da parturiente.
Hoje em dia o maior medo de uma gestante é o de sentir muita dor no trabalho de parto. É um pavor que vem sendo cultivado pela nossa sociedade através de uma catequização constante de que o parto é sofrido e doloroso. Vemos mulheres sofrendo horrores no parto em novelas, filmes e até programas de TV que prometem mostrar um parto real. Quantas vezes assisti a partos Frank (frankstein) no Discovery Home & Health com mulheres urrando de dor em posição frango assado suplicando pela anestesia com médicos e enfermeiras ao seu redor fazendo toque a todo momento pra saber a quantas anda a dilatação e falando o tempo todo com essa mulher: “vamos, faça força! Respira! Vamos! De novo! No 3 hein! 1-2-3, forçaaa!”. A coitada lá, suando, fazendo respiração cachorrinho quando de repente vem um anestesista e acaba com o sofrimento. Ela continua fazendo força, mas agora não se sabe por que o bebê não sai. Gritam com ela: “você não está fazendo força o suficiente! Vamos, força!”. O bebê então entra em sofrimento fetal visto através dos batimentos cardíacos no cardiotoco ligado desde o momento em que a mãe chegou na maternidade. O médico apela pro fórceps de alívio. Algumas vezes dá certo, outras não e a cesariana finalmente salva a vida do bebê. Em novelas da Globo é comum ver mulheres com um pano na boca pra morder de tanta dor, gritando e uma parteira molhando uma compressa (que até hoje não sei pra que serve) numa bacia de água. Essas verdadeiras visões do inferno contribuem pra que se propague cada vez mais uma visão negativa e aterrorizante de um evento natural, fisiológico e cheio de significado na vida de um ser-humano.
O medo da dor é reforçado através de relatos tenebrosos de parto normal que sempre culminam em tragédias. Depois de muito sofrimento materno, a maioria deles termina em crianças com retardo mental por falta de oxigenação, morte por enforcamento pelo cordão umbilical, morte por decapitação pelo fórceps e outras atrocidades. Geralmente as explicações são associadas ao corpo da mãe que não se comportou como deveria ou por ser defeituoso (falta de abertura, falta de dilatação, força insuficiente) ou como se fosse traiçoeiro (o bebê passou do tempo e começou a sofrer dentro da mãe, por exemplo). Mas tudo isso eu já falei em posts anteriores. O problema é que essa dor horrenda e esses episódios de sofrimento materno e fetal têm em 99% dos casos alguns fatores em comum que são ignorados pela maioria: ocorrem em maternidades, são explicados e registrados em prontuários por médicos e a mulher encontra-se em uma situação sempre semelhante: rodeada de pessoas (em sua maioria desconhecidas), num ambiente frio com luz forte, posição frango assado, restringida, etc. E a grande maioria não conhece a partolândia.
Seria o caso de perguntar: o que o hospital/maternidade tem a ver com o sofrimento, com a dor com o fato dessas mulheres não conhecerem a partolândia? O que a falta da partolândia tem a ver com o sofrimento? Afinal de contas...o que é essa partolândia?!? Então vamos nos aprofundar mais nisso.
O ser humano tem o cérebro mais avançado do reino animal. Isso se deve à formação do neocórtex, uma camada fina encontrada em volta do cérebro. O neocortex é responsável pelos pensamentos, pelo raciocínio. Abaixo do cérebro temos uma glândula famosa chamada hipotálamo. Ele é responsável pelo comportamento instintivo de todos os animais, inclusive nós humanos. Controla o sistema involuntário que mantém a temperatura, produz a fome quando precisamos nos alimentar secretando hormônios que atuam nas glândulas supra-renais. As supra-renais liberam outros hormônios que atuam diretamente no nosso comportamento em diferentes situações. Portanto, é o Hipotálamos que desencadeia processos primordiais para a continuação da espécie.
Para preservar a espécie, somos levados a dormir, acordar, caçar (na antiguidade), comer, beber, fazer necessidades, fazer sexo, gestar, parir, cuidar das crias, defender-se, fugir do perigo, etc. Cada comportamento é regido por uma cascata de hormônios e neurotransmissores (substâncias cerebrais) que em algumas circunstâncias podem ter sua secreção prejudicada pela ativação inadequada do neocortex.
O neocortex é ativado através de estímulos externos que levam o individuo à situação de alerta, como a necessidade de raciocinar. Perguntas, luz forte, ser observado, etc. Quando o neocortex é ativado, o hipotálamo pode sofrer um rebaixamento de sua atividade. Outras vezes, a ativação do neocortex leva a uma interpretação da situação que exige que o hipotálamo secrete uma substância contrária à que estava sendo secretada anteriormente. Por exemplo: uma substância secretada no estado de relaxamento que pode levar ao êxtase ou ao sono pode ser interrompida por um barulho que é interpretado como perigo levando o individuo a secretar adrenalina. O mesmo ocorre quando se é tocado repentinamente ou quando algo nos estressa. Pode ser o apito de uma máquina que verifica os batimentos cardíacos, a cara de preocupação do médico, uma enfermeira irritante, o marido nervoso, a sogra apavorada.
Então imaginemos uma pessoa adormecendo. Ela repousa num ambiente tranqüilo, com pouca ou nenhuma luz, silencioso ou com um som de fundo quase que hipnótico, ela vai se desligando dos problemas, dos pensamentos, entrando num estado de consciência completamente diferente como se mergulhasse em si mesma e finalmente dorme. A partir daí passa por vários estágios do sono a começar por alpha, que serão repetidos algumas vezes durante esse período de descanso. Com certeza se ocorrer um barulho, se acenderem uma luz forte na cara dessa pessoa, se tocarem nela principalmente de forma abrupta, se começar a fazer muito frio, se começarem a fazer perguntas ou se ela se sentir observada, seu estado muda automaticamente para a vigília e o sono é interrompido. E assim é um trabalho de parto (TP).
O TP deve ser comparado às necessidades básicas (principalmente dormir e fazer sexo) porque é igualmente regido pelo hipotálamo. Quando nos deixamos levar pelo TP em si sem nenhuma interrupção externa, sem nenhuma intervenção, somos automaticamente levadas á partolândia. Portanto, a partolândia nada mais é do que um estado de consciência que permite à mulher se comportar de maneira instintiva. A introspecção é o primeiro sintoma e isso pode começar dias antes quando a mulher começa a não querer participar de eventos coletivos e prefere ficar em um ambiente que julga seguro (na maioria das vezes sua própria casa) esperando a hora chegar. Quando o TP se inicia, a introspecção começa a ficar mais evidente mostrando a necessidade de fazer uma viagem para dentro de si.
Em muitos relatos de parto natural (sem intervenções) observo que as mulheres começam contando detalhadamente cada acontecimento e conforme o relato é desenvolvido, os detalhes vão se perdendo. Isso se deve à mudança de estado de consciência dessas mulheres que acabam por se desligar do mundo externo e entrar na partolândia onde apenas sensações são registradas e os pensamentos são quase inexistentes. Muitas vezes não se lembram quem estava presente, o que falaram. Apenas as sensações são descritas e eu nunca li ou ouvi nada parecido com sofrimento. Assim como quando dormimos ou temos um sexo satisfatório que nos leva a um orgasmo.
Há tempos já se sabe as principais substâncias secretadas durante a estadia na partolândia. No entanto, sabia-se apenas suas funções fisiológicas e que suas quantidades se modificam em cada estágio do TP. A ocitocina é responsável pela contração e a dilatação uterina. É a primeira a ser secretada no TP. As endorfinas atuam como analgésicos naturais relaxando a musculatura esquelética e diminuindo as sensações dolorosas. A adrenalina torna a atividade de expulsão do feto, no final do TP, mais eficaz. Hoje já se sabe que a atuação dessas substâncias vai além do físico alterando o comportamento, o que pode facilitar o entendimento das necessidades da parturiente e inclusive saber quanto seu útero está dilatado apenas observando como ela se comporta evitando, assim, toques desnecessários que podem tirar a mãe da partolândia.
Nota-se que nos partos naturais, logo após o nascimento, a mulher tende a posicionar-se de joelhos ou a sentar-se. Esta liberação de adrenalina é favorável aos mamíferos em geral, pois coloca a fêmea em situação de alerta. O bebê recebe parte desses hormônios do parto e, ao nascimento, está com as pupilas dilatadas. Ambos, o bebê e a mãe, possuem então condições fisiológicas para o contato olho no olho, fundamental na espécie humana.
A ocitocina é chamada de hormônio do amor por estar presente durante o orgasmo. Assim como no parto, a mulher não consegue chegar às vias de fato se não se entregar e se desligar do mundo externo. E só há entrega se ela estiver se sentindo à vontade e segura, num ambiente que propicia a concentração. Durante o orgasmo, assim como no TP, a ocitocina promove a contração uterina e é por todas essas semelhanças que dizemos que o parto faz parte da vida sexual dessa mulher. Portanto, o ambiente adequado pra ela parir é semelhante ao que ela considera ideal para fazer sexo. Um ambiente inadequado pode gerar inibição, medo, irritação e outras sensações desagradáveis que a fazem liberar adrenalina. Nesta fase do TP, a adrenalina compete receptores sensoriais com a ocitocina, o que quer dizer que a adrenalina inibe o efeito da ocitocina retardando o TP e aumentando a dor. A partir do momento em que o bebê nasce, a taxa de ocitocina na mulher chega ao seu ápice e é passada para o bebê através do cordão umbilical. Desse modo, ao se olharem, mãe e filho criam um vínculo forte que acelera o estabelecimento de uma interdependência que mais tarde culmina no amor entre os dois.
A ação das endorfinas é potente. Até a mulher atingir 8cm de dilatação a dor vai aumentando, porém continua suportável. A função da dor é estimular a secreção das endorfinas que trarão uma sensação prazerosa e concomitantemente a diminuição da dor. Principalmente se a secreção e propagação de endorfinas forem aceleradas através do relaxamento muscular e da dilatação dos vasos sanguíneos. Pra isso, existem métodos como massagem e água quente na região lombar.Se um estímulo externo tirar a parturiente da partolândia causando susto, constrangimento ou medo, ela liberará adrenalina que tem ação vaso-constritora dificultando a chegada das endorfinas, o que aumenta consideravelmente a dor. A partir da dilatação total (10cm), a maioria dos relatos revela que a dor diminui, isso comprova que a secreção de endorfinas já está a todo vapor. São opiáceos da família da morfina que não só tiram a dor mas ajudam a mulher a entrar nesse estado de consciência alterado e prazeroso. Hoje é sabido que o bebê também já secreta suas endorfinas e experimenta sensação semelhante durante o parto.
Com dilatação total, a ação da adrenalina se torna importante para a fase expulsiva do TP. Sua secreção nesse momento permite a ejeção. No sexo é responsável pela ejaculação, na amamentação é responsável pela ejeção do leite e no parto é responsável pela expulsão do bebê. A mulher se torna atenta, algumas vezes agressiva na medida exata para finalizar o TP e para cuidar de seu bebê assim que ele nasce. É comum ainda um estado de euforia devido às endorfinas combinado com a sensação de extrema energia e alerta importantes nesse momento. A dor simplesmente não existe mais. Os relatos são unânimes.
Durante a gestação, a mulher secreta prolactina que é responsável pela fabricação do leite. Este leite (chamado de colostro num primeiro momento) é armazenado nos alvéolos das mamas. Ao redor desses alvéolos existem células musculares que ao se contraírem, fazem com que os alvéolos secretem o leite. No momento do parto, o alto nível de ocitocina promove essa contração culminando na ejeção do leite por conta da adrenalina. Esse é o motivo pelo qual o leite desce mais rápido num parto natural.
Infelizmente, muitos médicos ignoram a partolândia criando protocolos infundados nas maternidades cheios de intervenções invasivas e desnecessárias. O fato da mulher ter de responder a uma série de perguntas faz com que ela ative o neocortex por ter de raciocinar o lado primitivo do cérebro e, portanto, dificultando o ingresso á partolândia. A sala fria desconcentra. Muitas pessoas observando inibe. Toques vaginais freqüentes também. A luz forte ativa o estado de alerta e o ambiente estranho gera insegurança. O fato da mulher ficar restringida numa maca desconfortável sem poder mudar de posição é uma das coisas que mais dificulta (se não impedir) o ingresso á partolândia. Além de desconfortável e inibitória, a posição de frango assado (proibida durante toda a gestação) faz com que o peso do útero e do bebê comprimam a artéria que leva oxigenação para o bebê, além de impedir a ação da gravidade (utilizada no parto de cócoras), o que dificulta a saída do bebê. Esta posição é a campeã de TPs demorados regados a dor materna e sofrimento fetal por falta de oxigenação adequada, culminando em intervenções que se não fosse tal posição seriam desnecessárias.
Isto não quer dizer que uma mulher que não ingressa na partolândia não ame seu filho ou não consiga amamentá-lo. Mas sem dúvida entrar em TP e realizar um parto natural propicia uma experiência única para mãe e filho. Geralmente, ao entrar na partolândia, a mulher vivencia um mergulho em si mesma que modifica seu modo de ver o mundo e a si mesma. É uma experiência que permite o auto-conhecimento num nível que de outra forma seria impossível. Ela experimenta de forma intensa do que seu corpo é capaz e do que ela é capaz, mudando sua auto-estima. Relatos constantemente descrevem que após o parto sentem-se capazes de absolutamente tudo. Muitas inseguranças vão embora. É comum mulheres que foram à partolândia mudarem seu comportamento com relação ao que a sociedade preconiza. Segura de si, a mulher da partolândia dificilmente sucumbe aos padrões estéticos, profissionais e morais ditados e acredita mais nas suas vontades. Desse modo, desenvolve menos depressão pós-parto, menos problemas com amamentação e vivencia um amadurecimento mais precoce.
Tal amadurecimento é vivenciado a partir do momento em que o vinculo mãe-filho fortificado pela ação da ocitocina é, posteriormente, sedimentado pela prolactina. A prolactina também tem um efeito comportamental. Ao passar pela partolândia e ter altos níveis de ocitocina, esta felizarda mãe também experimenta altos níveis de prolactina (níveis esses impossíveis de serem alcançados por quem não foi à partolândia). A prolactina tende a provocar estados mentais de subordinação e submissão às leis da natureza. Isto vem sendo amplamente estudado e comprovado na Suécia. Esta subordinação aumenta a adaptabilidade às necessidades do bebê. Este vem sendo apontado como um dos motivos para que mães visitantes da partolândia terem maior sucesso na amamentação.
A amamentação não é inata e nem fácil. Mas os altos níveis de prolactina permitem uma melhor adaptação e uma maior força de vontade para driblar os problemas e conseguir amamentar o bebê. Além disso, é comum que mães da partolândia (como as índias e de mulheres de outros países também) amamentem durante anos. Isto porque a modernização do parto juntamente com a necessidade de trabalhar fora faça com que a prolactina seja liberada em menor quantidade e por um período curto de tempo, provocando um desmame precoce.
São comuns as queixas de uma amamentação sofrida, cheia de frustrações e sensações ruins que levam algumas mães e verem esse período com sofrimento e sucumbirem a explicações sem fundamento do tipo: “tenho pouco leite” ou “meu leite não sustenta” para justificarem um comportamento repulsivo á amamentação que nem elas sabem explicar, mas que gera culpa. Já as mães que passaram pela partolândia costumam relatar experiências felizes com a amamentação e chegam a lastimar quando o filho dá o grito de independência não pedindo mais o peito. É nesse momento que nota-se uma tendência maior de se doar nas mães da partolândia.
FONTE: http://novamamae.blogspot.com/2009/02/partolandia.html
Eu mesma nunca tinha ouvido falar. Depois que comecei a freqüentar grupos de mulheres que relatavam seus partos passei a ouvir a tal frase misteriosa: “então entrei na partolândia” e eu me perguntava: “que raio é esse de partolândia? Como se faz pra ir até lá? Pra quê ir até lá? O que tem lá?”.
Pra variar, fui estudar o assunto e descobri um mundo à parte. A verdade é que a partolândia tem vários endereços. Ela está dentro de cada fêmea deste mundo. Não é feita de conceito, não tem forma definida, não é construída através de cultura ou criação. Ela simplesmente está lá. E não requer exercícios específicos, treinamentos pra saber entrar nela. Nem se trata de um privilégio pra poucas. Sendo uma mulher prestes a parir, já é suficiente pra se ter o ingresso nas mãos.
O problema é que hoje em dia há trombadinhas especialistas em roubar tal ingresso das mãos de mulheres em trabalho de parto. Nem sempre esses trombadinhas são pessoas necessariamente. Algumas mulheres chegam a entrar na partolândia e são arrancadas de lá. Outras nem chegam a conhecer esse maravilhoso lugar e nem ficam sabendo de sua existência. Na verdade, alguns trombadinhas são bem intencionados, mas por não saberem da existência da partolândia e suas maravilhas, num ato que acreditam ser benéfico acabam tirando essa oportunidade da parturiente.
Hoje em dia o maior medo de uma gestante é o de sentir muita dor no trabalho de parto. É um pavor que vem sendo cultivado pela nossa sociedade através de uma catequização constante de que o parto é sofrido e doloroso. Vemos mulheres sofrendo horrores no parto em novelas, filmes e até programas de TV que prometem mostrar um parto real. Quantas vezes assisti a partos Frank (frankstein) no Discovery Home & Health com mulheres urrando de dor em posição frango assado suplicando pela anestesia com médicos e enfermeiras ao seu redor fazendo toque a todo momento pra saber a quantas anda a dilatação e falando o tempo todo com essa mulher: “vamos, faça força! Respira! Vamos! De novo! No 3 hein! 1-2-3, forçaaa!”. A coitada lá, suando, fazendo respiração cachorrinho quando de repente vem um anestesista e acaba com o sofrimento. Ela continua fazendo força, mas agora não se sabe por que o bebê não sai. Gritam com ela: “você não está fazendo força o suficiente! Vamos, força!”. O bebê então entra em sofrimento fetal visto através dos batimentos cardíacos no cardiotoco ligado desde o momento em que a mãe chegou na maternidade. O médico apela pro fórceps de alívio. Algumas vezes dá certo, outras não e a cesariana finalmente salva a vida do bebê. Em novelas da Globo é comum ver mulheres com um pano na boca pra morder de tanta dor, gritando e uma parteira molhando uma compressa (que até hoje não sei pra que serve) numa bacia de água. Essas verdadeiras visões do inferno contribuem pra que se propague cada vez mais uma visão negativa e aterrorizante de um evento natural, fisiológico e cheio de significado na vida de um ser-humano.
O medo da dor é reforçado através de relatos tenebrosos de parto normal que sempre culminam em tragédias. Depois de muito sofrimento materno, a maioria deles termina em crianças com retardo mental por falta de oxigenação, morte por enforcamento pelo cordão umbilical, morte por decapitação pelo fórceps e outras atrocidades. Geralmente as explicações são associadas ao corpo da mãe que não se comportou como deveria ou por ser defeituoso (falta de abertura, falta de dilatação, força insuficiente) ou como se fosse traiçoeiro (o bebê passou do tempo e começou a sofrer dentro da mãe, por exemplo). Mas tudo isso eu já falei em posts anteriores. O problema é que essa dor horrenda e esses episódios de sofrimento materno e fetal têm em 99% dos casos alguns fatores em comum que são ignorados pela maioria: ocorrem em maternidades, são explicados e registrados em prontuários por médicos e a mulher encontra-se em uma situação sempre semelhante: rodeada de pessoas (em sua maioria desconhecidas), num ambiente frio com luz forte, posição frango assado, restringida, etc. E a grande maioria não conhece a partolândia.
Seria o caso de perguntar: o que o hospital/maternidade tem a ver com o sofrimento, com a dor com o fato dessas mulheres não conhecerem a partolândia? O que a falta da partolândia tem a ver com o sofrimento? Afinal de contas...o que é essa partolândia?!? Então vamos nos aprofundar mais nisso.
O ser humano tem o cérebro mais avançado do reino animal. Isso se deve à formação do neocórtex, uma camada fina encontrada em volta do cérebro. O neocortex é responsável pelos pensamentos, pelo raciocínio. Abaixo do cérebro temos uma glândula famosa chamada hipotálamo. Ele é responsável pelo comportamento instintivo de todos os animais, inclusive nós humanos. Controla o sistema involuntário que mantém a temperatura, produz a fome quando precisamos nos alimentar secretando hormônios que atuam nas glândulas supra-renais. As supra-renais liberam outros hormônios que atuam diretamente no nosso comportamento em diferentes situações. Portanto, é o Hipotálamos que desencadeia processos primordiais para a continuação da espécie.
Para preservar a espécie, somos levados a dormir, acordar, caçar (na antiguidade), comer, beber, fazer necessidades, fazer sexo, gestar, parir, cuidar das crias, defender-se, fugir do perigo, etc. Cada comportamento é regido por uma cascata de hormônios e neurotransmissores (substâncias cerebrais) que em algumas circunstâncias podem ter sua secreção prejudicada pela ativação inadequada do neocortex.
O neocortex é ativado através de estímulos externos que levam o individuo à situação de alerta, como a necessidade de raciocinar. Perguntas, luz forte, ser observado, etc. Quando o neocortex é ativado, o hipotálamo pode sofrer um rebaixamento de sua atividade. Outras vezes, a ativação do neocortex leva a uma interpretação da situação que exige que o hipotálamo secrete uma substância contrária à que estava sendo secretada anteriormente. Por exemplo: uma substância secretada no estado de relaxamento que pode levar ao êxtase ou ao sono pode ser interrompida por um barulho que é interpretado como perigo levando o individuo a secretar adrenalina. O mesmo ocorre quando se é tocado repentinamente ou quando algo nos estressa. Pode ser o apito de uma máquina que verifica os batimentos cardíacos, a cara de preocupação do médico, uma enfermeira irritante, o marido nervoso, a sogra apavorada.
Então imaginemos uma pessoa adormecendo. Ela repousa num ambiente tranqüilo, com pouca ou nenhuma luz, silencioso ou com um som de fundo quase que hipnótico, ela vai se desligando dos problemas, dos pensamentos, entrando num estado de consciência completamente diferente como se mergulhasse em si mesma e finalmente dorme. A partir daí passa por vários estágios do sono a começar por alpha, que serão repetidos algumas vezes durante esse período de descanso. Com certeza se ocorrer um barulho, se acenderem uma luz forte na cara dessa pessoa, se tocarem nela principalmente de forma abrupta, se começar a fazer muito frio, se começarem a fazer perguntas ou se ela se sentir observada, seu estado muda automaticamente para a vigília e o sono é interrompido. E assim é um trabalho de parto (TP).
O TP deve ser comparado às necessidades básicas (principalmente dormir e fazer sexo) porque é igualmente regido pelo hipotálamo. Quando nos deixamos levar pelo TP em si sem nenhuma interrupção externa, sem nenhuma intervenção, somos automaticamente levadas á partolândia. Portanto, a partolândia nada mais é do que um estado de consciência que permite à mulher se comportar de maneira instintiva. A introspecção é o primeiro sintoma e isso pode começar dias antes quando a mulher começa a não querer participar de eventos coletivos e prefere ficar em um ambiente que julga seguro (na maioria das vezes sua própria casa) esperando a hora chegar. Quando o TP se inicia, a introspecção começa a ficar mais evidente mostrando a necessidade de fazer uma viagem para dentro de si.
Em muitos relatos de parto natural (sem intervenções) observo que as mulheres começam contando detalhadamente cada acontecimento e conforme o relato é desenvolvido, os detalhes vão se perdendo. Isso se deve à mudança de estado de consciência dessas mulheres que acabam por se desligar do mundo externo e entrar na partolândia onde apenas sensações são registradas e os pensamentos são quase inexistentes. Muitas vezes não se lembram quem estava presente, o que falaram. Apenas as sensações são descritas e eu nunca li ou ouvi nada parecido com sofrimento. Assim como quando dormimos ou temos um sexo satisfatório que nos leva a um orgasmo.
Há tempos já se sabe as principais substâncias secretadas durante a estadia na partolândia. No entanto, sabia-se apenas suas funções fisiológicas e que suas quantidades se modificam em cada estágio do TP. A ocitocina é responsável pela contração e a dilatação uterina. É a primeira a ser secretada no TP. As endorfinas atuam como analgésicos naturais relaxando a musculatura esquelética e diminuindo as sensações dolorosas. A adrenalina torna a atividade de expulsão do feto, no final do TP, mais eficaz. Hoje já se sabe que a atuação dessas substâncias vai além do físico alterando o comportamento, o que pode facilitar o entendimento das necessidades da parturiente e inclusive saber quanto seu útero está dilatado apenas observando como ela se comporta evitando, assim, toques desnecessários que podem tirar a mãe da partolândia.
Nota-se que nos partos naturais, logo após o nascimento, a mulher tende a posicionar-se de joelhos ou a sentar-se. Esta liberação de adrenalina é favorável aos mamíferos em geral, pois coloca a fêmea em situação de alerta. O bebê recebe parte desses hormônios do parto e, ao nascimento, está com as pupilas dilatadas. Ambos, o bebê e a mãe, possuem então condições fisiológicas para o contato olho no olho, fundamental na espécie humana.
A ocitocina é chamada de hormônio do amor por estar presente durante o orgasmo. Assim como no parto, a mulher não consegue chegar às vias de fato se não se entregar e se desligar do mundo externo. E só há entrega se ela estiver se sentindo à vontade e segura, num ambiente que propicia a concentração. Durante o orgasmo, assim como no TP, a ocitocina promove a contração uterina e é por todas essas semelhanças que dizemos que o parto faz parte da vida sexual dessa mulher. Portanto, o ambiente adequado pra ela parir é semelhante ao que ela considera ideal para fazer sexo. Um ambiente inadequado pode gerar inibição, medo, irritação e outras sensações desagradáveis que a fazem liberar adrenalina. Nesta fase do TP, a adrenalina compete receptores sensoriais com a ocitocina, o que quer dizer que a adrenalina inibe o efeito da ocitocina retardando o TP e aumentando a dor. A partir do momento em que o bebê nasce, a taxa de ocitocina na mulher chega ao seu ápice e é passada para o bebê através do cordão umbilical. Desse modo, ao se olharem, mãe e filho criam um vínculo forte que acelera o estabelecimento de uma interdependência que mais tarde culmina no amor entre os dois.
A ação das endorfinas é potente. Até a mulher atingir 8cm de dilatação a dor vai aumentando, porém continua suportável. A função da dor é estimular a secreção das endorfinas que trarão uma sensação prazerosa e concomitantemente a diminuição da dor. Principalmente se a secreção e propagação de endorfinas forem aceleradas através do relaxamento muscular e da dilatação dos vasos sanguíneos. Pra isso, existem métodos como massagem e água quente na região lombar.Se um estímulo externo tirar a parturiente da partolândia causando susto, constrangimento ou medo, ela liberará adrenalina que tem ação vaso-constritora dificultando a chegada das endorfinas, o que aumenta consideravelmente a dor. A partir da dilatação total (10cm), a maioria dos relatos revela que a dor diminui, isso comprova que a secreção de endorfinas já está a todo vapor. São opiáceos da família da morfina que não só tiram a dor mas ajudam a mulher a entrar nesse estado de consciência alterado e prazeroso. Hoje é sabido que o bebê também já secreta suas endorfinas e experimenta sensação semelhante durante o parto.
Com dilatação total, a ação da adrenalina se torna importante para a fase expulsiva do TP. Sua secreção nesse momento permite a ejeção. No sexo é responsável pela ejaculação, na amamentação é responsável pela ejeção do leite e no parto é responsável pela expulsão do bebê. A mulher se torna atenta, algumas vezes agressiva na medida exata para finalizar o TP e para cuidar de seu bebê assim que ele nasce. É comum ainda um estado de euforia devido às endorfinas combinado com a sensação de extrema energia e alerta importantes nesse momento. A dor simplesmente não existe mais. Os relatos são unânimes.
Durante a gestação, a mulher secreta prolactina que é responsável pela fabricação do leite. Este leite (chamado de colostro num primeiro momento) é armazenado nos alvéolos das mamas. Ao redor desses alvéolos existem células musculares que ao se contraírem, fazem com que os alvéolos secretem o leite. No momento do parto, o alto nível de ocitocina promove essa contração culminando na ejeção do leite por conta da adrenalina. Esse é o motivo pelo qual o leite desce mais rápido num parto natural.
Infelizmente, muitos médicos ignoram a partolândia criando protocolos infundados nas maternidades cheios de intervenções invasivas e desnecessárias. O fato da mulher ter de responder a uma série de perguntas faz com que ela ative o neocortex por ter de raciocinar o lado primitivo do cérebro e, portanto, dificultando o ingresso á partolândia. A sala fria desconcentra. Muitas pessoas observando inibe. Toques vaginais freqüentes também. A luz forte ativa o estado de alerta e o ambiente estranho gera insegurança. O fato da mulher ficar restringida numa maca desconfortável sem poder mudar de posição é uma das coisas que mais dificulta (se não impedir) o ingresso á partolândia. Além de desconfortável e inibitória, a posição de frango assado (proibida durante toda a gestação) faz com que o peso do útero e do bebê comprimam a artéria que leva oxigenação para o bebê, além de impedir a ação da gravidade (utilizada no parto de cócoras), o que dificulta a saída do bebê. Esta posição é a campeã de TPs demorados regados a dor materna e sofrimento fetal por falta de oxigenação adequada, culminando em intervenções que se não fosse tal posição seriam desnecessárias.
Isto não quer dizer que uma mulher que não ingressa na partolândia não ame seu filho ou não consiga amamentá-lo. Mas sem dúvida entrar em TP e realizar um parto natural propicia uma experiência única para mãe e filho. Geralmente, ao entrar na partolândia, a mulher vivencia um mergulho em si mesma que modifica seu modo de ver o mundo e a si mesma. É uma experiência que permite o auto-conhecimento num nível que de outra forma seria impossível. Ela experimenta de forma intensa do que seu corpo é capaz e do que ela é capaz, mudando sua auto-estima. Relatos constantemente descrevem que após o parto sentem-se capazes de absolutamente tudo. Muitas inseguranças vão embora. É comum mulheres que foram à partolândia mudarem seu comportamento com relação ao que a sociedade preconiza. Segura de si, a mulher da partolândia dificilmente sucumbe aos padrões estéticos, profissionais e morais ditados e acredita mais nas suas vontades. Desse modo, desenvolve menos depressão pós-parto, menos problemas com amamentação e vivencia um amadurecimento mais precoce.
Tal amadurecimento é vivenciado a partir do momento em que o vinculo mãe-filho fortificado pela ação da ocitocina é, posteriormente, sedimentado pela prolactina. A prolactina também tem um efeito comportamental. Ao passar pela partolândia e ter altos níveis de ocitocina, esta felizarda mãe também experimenta altos níveis de prolactina (níveis esses impossíveis de serem alcançados por quem não foi à partolândia). A prolactina tende a provocar estados mentais de subordinação e submissão às leis da natureza. Isto vem sendo amplamente estudado e comprovado na Suécia. Esta subordinação aumenta a adaptabilidade às necessidades do bebê. Este vem sendo apontado como um dos motivos para que mães visitantes da partolândia terem maior sucesso na amamentação.
A amamentação não é inata e nem fácil. Mas os altos níveis de prolactina permitem uma melhor adaptação e uma maior força de vontade para driblar os problemas e conseguir amamentar o bebê. Além disso, é comum que mães da partolândia (como as índias e de mulheres de outros países também) amamentem durante anos. Isto porque a modernização do parto juntamente com a necessidade de trabalhar fora faça com que a prolactina seja liberada em menor quantidade e por um período curto de tempo, provocando um desmame precoce.
São comuns as queixas de uma amamentação sofrida, cheia de frustrações e sensações ruins que levam algumas mães e verem esse período com sofrimento e sucumbirem a explicações sem fundamento do tipo: “tenho pouco leite” ou “meu leite não sustenta” para justificarem um comportamento repulsivo á amamentação que nem elas sabem explicar, mas que gera culpa. Já as mães que passaram pela partolândia costumam relatar experiências felizes com a amamentação e chegam a lastimar quando o filho dá o grito de independência não pedindo mais o peito. É nesse momento que nota-se uma tendência maior de se doar nas mães da partolândia.
FONTE: http://novamamae.blogspot.com/2009/02/partolandia.html
Tudo sobre a cólica dos bebês
Depois do terceiro mês, passa. Até lá é preciso paciência e tranqüilidade.
É fim de tarde e seu filho chora sem parar. E, como em todos os dias, no mesmo horário, você já checou a fralda, amamentou, agasalhou ou tirou o excesso de roupa. De nada adiantou. O choro continua intenso, mas de repente pára. Você respira aliviada. E, quando menos espera, começa tudo de novo. Cada vez mais estridente.
Quem já passou pela situação sabe: é uma cena típica de um recém-nascido sofrendo com as famosas e temidas cólicas. Esses são os sinais mais comuns da dor abdominal que atinge 75% dos bebês nos primeiros três meses de vida, geralmente no início da tarde ou durante a noite. Sempre no mesmo horário.
E não estão associadas a nenhuma doença. São um mero problema fisiológico, comum em recém-nascidos, que têm um sistema digestivo ainda imaturo, até por falta de experiência. Quando o bebê mama, os intestinos contraem e relaxam, provocando as cólicas, que podem durar cerca de três horas. Também há estudos que relacionam as cólicas à alimentação da mãe. E ainda é possível que o bebê não esteja sugando corretamente o peito e engolindo muito ar durante a amamentação.
Porém, o sentimento dos pais influencia – e muito – a vida do bebê. Se eles ficarem nervosos e inseguros, passam esses sentimentos ao bebê, que, por sua vez, fica ainda mais aflito. Dependendo do comportamento dos pais, as cólicas podem piorar, sim. Os pediatras são unânimes: o comportamento da criança é um reflexo do meio em que vive.
Sinais de cólica
- O bebê chora sem parar
- Ele se contorce e flexiona as perninhas em direção ao abdome
- A barriga fica endurecida
- A criança solta gases
- O rosto fica avermelhado
- As mãos ficam com os punhos fechados
- A expressão do rosto é de dor e sofrimento
Até quando o bebê vai ter?
Esse mal-estar dura em média três meses. Tempo que o organismo do bebê leva para amadurecer o mecanismo da digestão. Faz sentido. Aos 3 meses, o bebê completa um ciclo de 12 meses desde a fecundação, ou seja, 1 ano de vida, se contarmos a vida intra-uterina. Ele deixa de ser um “RN”, como são conhecidos os recém-nascidos. É por isso que no quarto mês, cérebro e intestinos já se entendem melhor e as cólicas deixam de ocorrer.
A hora do choro, não faltam palpites. Algumas dicas são válidas para evitar o sofrimento do bebê. Confira as mais importantes.
Muita calma nessa hora Mantenha-se tranqüila para que o bebê sinta-se seguro e protegido em seu colo.
De bruços Deixe, algumas vezes por dia – sempre que puder supervisionar o sono – o bebê deitado de bruços para facilitar a eliminação dos gases. A retenção do ar na barriga provoca dores.
Cocô em dia
O intestino preso é uma das causas das cólicas. Se seu filho estiver com muita dificuldade de evacuar, peça orientações ao pediatra.
Sem engolir ar
Ao amamentar, evite que o bebê engula ar. Isso provoca a formação de bolhas que, quando chegam aos intestinos, contribuem para as cólicas. Observe também se ele está mamando corretamente. Ele não faz barulho e não aparecem covinhas no canto da boca. Se isso ocorrer, ele está “chupetando”, ou seja, brincando com o mamilo como se fosse uma chupeta. Nesse caso, em vez de mamar, ele está engolindo ar. Isso pode acarretar cólicas. Para a mãe saber se o bebê está sugando perfeitamente, ela deve observar se ele mexe todo o maxilar e os lóbulos das orelhas.
Veja a seguir três opções de posições para impedir que o bebê engula ar durante a amamentação.
- Padrão – A barriga da mãe deve estar colada à barriga do bebê. A mão dela fica encaixada no bumbum da criança e sua cabeça deitada no meio do braço da mãe. As narinas do bebê devem estar sempre livres para que possa respirar bem enquanto mama.
- Invertida – A mãe encaixa o filho como se ele estivesse transversal embaixo do braço, com as pernas para trás do corpo da mãe. Com a outra mão livre, ela controla a cabecinha do bebê. Esse tipo é ideal para quando a mãe está com o mamilo machucado. Também vale se o bebê acostumou-se apenas com um dos seios.
- Bebê sentado – A criança fica sentada de frente para a mãe. Amamentando assim, os mamilos feridos também são poupados.
Importante!
Após mamar, o bebê deve arrotar com o corpo bem esticadinho. Em seguida, coloque-o para dormir de lado, para evitar a regurgitação.
Como é impossível evitar as cólicas, o melhor é estar preparado para elas. Tenha em mente que as dores que o bebê sente são passageiras e significam amadurecimento do organismo. E os pais ajudam muito se ficarem tranqüilos e acolherem o pequeno. Colo, massagem e carinho são fundamentais nessa hora.
Veja algumas dicas que podem amenizar a dor e acalmar o bebê no momento da cólica:
- Deite-o de bruços e embale-o no braço.
- Outra maneira é colocar a barriguinha dele em contato com o seu abdome: calor e aconchego ao mesmo tempo são imbatíveis!
- Aquecer o local traz conforto. Use um paninho esquentado a ferro ou opte por uma bolsa de água quente, pode ser aquelas que são aquecidas no forno de microondas. Tome cuidado para não deixar esquentar demais e nunca encoste a superfície quente direto na pele da criança. Coloque a bolsa sobre a roupa ou uma toalha.
- Fique com o bebê em um ambiente aconchegante, à meia luz e, se puder, escolha uma música relaxante.
- Apesar de o peito acalmar a criança, evite amamentá-la, pois a sucção estimula as contrações intestinais, que agravam as dores.
- Massagens na barriga ajudam a soltar os gases. Passe a mão, se quiser com um pouquinho de óleo de bétula ou de amêndoa, em movimento circulares. Isso aquece o local e acalma o pequeno.
- Exercícios com as pernas também contribuem para diminuir as dores e soltar gases. Deite o bebê de costas e flexione as suas perninhas sobre o adbome.
- Caso as cólicas continuem intensas, pode-se recorrer a um medicamento antiespasmódico, depois de consultar o pediatra.
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI919-15325-3,00-TUDO+SOBRE+A+COLICA+DOS+BEBES.html
É fim de tarde e seu filho chora sem parar. E, como em todos os dias, no mesmo horário, você já checou a fralda, amamentou, agasalhou ou tirou o excesso de roupa. De nada adiantou. O choro continua intenso, mas de repente pára. Você respira aliviada. E, quando menos espera, começa tudo de novo. Cada vez mais estridente.
Quem já passou pela situação sabe: é uma cena típica de um recém-nascido sofrendo com as famosas e temidas cólicas. Esses são os sinais mais comuns da dor abdominal que atinge 75% dos bebês nos primeiros três meses de vida, geralmente no início da tarde ou durante a noite. Sempre no mesmo horário.
E não estão associadas a nenhuma doença. São um mero problema fisiológico, comum em recém-nascidos, que têm um sistema digestivo ainda imaturo, até por falta de experiência. Quando o bebê mama, os intestinos contraem e relaxam, provocando as cólicas, que podem durar cerca de três horas. Também há estudos que relacionam as cólicas à alimentação da mãe. E ainda é possível que o bebê não esteja sugando corretamente o peito e engolindo muito ar durante a amamentação.
Porém, o sentimento dos pais influencia – e muito – a vida do bebê. Se eles ficarem nervosos e inseguros, passam esses sentimentos ao bebê, que, por sua vez, fica ainda mais aflito. Dependendo do comportamento dos pais, as cólicas podem piorar, sim. Os pediatras são unânimes: o comportamento da criança é um reflexo do meio em que vive.
Sinais de cólica
- O bebê chora sem parar
- Ele se contorce e flexiona as perninhas em direção ao abdome
- A barriga fica endurecida
- A criança solta gases
- O rosto fica avermelhado
- As mãos ficam com os punhos fechados
- A expressão do rosto é de dor e sofrimento
Até quando o bebê vai ter?
Esse mal-estar dura em média três meses. Tempo que o organismo do bebê leva para amadurecer o mecanismo da digestão. Faz sentido. Aos 3 meses, o bebê completa um ciclo de 12 meses desde a fecundação, ou seja, 1 ano de vida, se contarmos a vida intra-uterina. Ele deixa de ser um “RN”, como são conhecidos os recém-nascidos. É por isso que no quarto mês, cérebro e intestinos já se entendem melhor e as cólicas deixam de ocorrer.
A hora do choro, não faltam palpites. Algumas dicas são válidas para evitar o sofrimento do bebê. Confira as mais importantes.
Muita calma nessa hora Mantenha-se tranqüila para que o bebê sinta-se seguro e protegido em seu colo.
De bruços Deixe, algumas vezes por dia – sempre que puder supervisionar o sono – o bebê deitado de bruços para facilitar a eliminação dos gases. A retenção do ar na barriga provoca dores.
Cocô em dia
O intestino preso é uma das causas das cólicas. Se seu filho estiver com muita dificuldade de evacuar, peça orientações ao pediatra.
Sem engolir ar
Ao amamentar, evite que o bebê engula ar. Isso provoca a formação de bolhas que, quando chegam aos intestinos, contribuem para as cólicas. Observe também se ele está mamando corretamente. Ele não faz barulho e não aparecem covinhas no canto da boca. Se isso ocorrer, ele está “chupetando”, ou seja, brincando com o mamilo como se fosse uma chupeta. Nesse caso, em vez de mamar, ele está engolindo ar. Isso pode acarretar cólicas. Para a mãe saber se o bebê está sugando perfeitamente, ela deve observar se ele mexe todo o maxilar e os lóbulos das orelhas.
Veja a seguir três opções de posições para impedir que o bebê engula ar durante a amamentação.
- Padrão – A barriga da mãe deve estar colada à barriga do bebê. A mão dela fica encaixada no bumbum da criança e sua cabeça deitada no meio do braço da mãe. As narinas do bebê devem estar sempre livres para que possa respirar bem enquanto mama.
- Invertida – A mãe encaixa o filho como se ele estivesse transversal embaixo do braço, com as pernas para trás do corpo da mãe. Com a outra mão livre, ela controla a cabecinha do bebê. Esse tipo é ideal para quando a mãe está com o mamilo machucado. Também vale se o bebê acostumou-se apenas com um dos seios.
- Bebê sentado – A criança fica sentada de frente para a mãe. Amamentando assim, os mamilos feridos também são poupados.
Importante!
Após mamar, o bebê deve arrotar com o corpo bem esticadinho. Em seguida, coloque-o para dormir de lado, para evitar a regurgitação.
Como é impossível evitar as cólicas, o melhor é estar preparado para elas. Tenha em mente que as dores que o bebê sente são passageiras e significam amadurecimento do organismo. E os pais ajudam muito se ficarem tranqüilos e acolherem o pequeno. Colo, massagem e carinho são fundamentais nessa hora.
Veja algumas dicas que podem amenizar a dor e acalmar o bebê no momento da cólica:
- Deite-o de bruços e embale-o no braço.
- Outra maneira é colocar a barriguinha dele em contato com o seu abdome: calor e aconchego ao mesmo tempo são imbatíveis!
- Aquecer o local traz conforto. Use um paninho esquentado a ferro ou opte por uma bolsa de água quente, pode ser aquelas que são aquecidas no forno de microondas. Tome cuidado para não deixar esquentar demais e nunca encoste a superfície quente direto na pele da criança. Coloque a bolsa sobre a roupa ou uma toalha.
- Fique com o bebê em um ambiente aconchegante, à meia luz e, se puder, escolha uma música relaxante.
- Apesar de o peito acalmar a criança, evite amamentá-la, pois a sucção estimula as contrações intestinais, que agravam as dores.
- Massagens na barriga ajudam a soltar os gases. Passe a mão, se quiser com um pouquinho de óleo de bétula ou de amêndoa, em movimento circulares. Isso aquece o local e acalma o pequeno.
- Exercícios com as pernas também contribuem para diminuir as dores e soltar gases. Deite o bebê de costas e flexione as suas perninhas sobre o adbome.
- Caso as cólicas continuem intensas, pode-se recorrer a um medicamento antiespasmódico, depois de consultar o pediatra.
Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI919-15325-3,00-TUDO+SOBRE+A+COLICA+DOS+BEBES.html
domingo, 31 de outubro de 2010
Grupo de mulheres, as doulas, resgata sensualidade na hora do parto
Márcia Maria Cruz - Estado de Minas
Publicação: 17/10/2010
As doulas e as pacientes lutam contra a tendência de cesarianas eletivas e defendem o prolongamento de momentos protagonizados pelas mães.
Poucas pessoas sequer imaginam que dar à luz pode ser um momento dos mais sensuais. Sensualidade?
Um grupo de mulheres tem resgatado a hora do parto como sublime e, de certa forma, como o ápice da sexualidade entre o casal. Reconhecer esta dimensão é uma maneira de humanizar o momento, que, com o crescimento no número de cesarianas eletivas, tem se tornado cada vez mais impessoal. “O nascimento é o fim de uma relação sexual”, afirma a auxiliar de biblioteca Renata Pereira da Rocha Araujo, de 38 anos, que teve a pequena Beatriz, de 2 meses, de parto natural.
Mulheres como Renata contam, nesse momento, com o apoio das doulas, outras mulheres que são treinadas para oferecer suporte físico e emocional durante a gestação parto e o resguardo. O movimento é uma reação de muitos casais à tendência de cesarianas eletivas, ou seja, quando a cirurgia passa a ser regra, devido à praticidade de se marcar uma hora e à rapidez do procedimento, e não exceção a ser adotada apenas em casos comprovados de risco para a mãe e para o bebê.
Saiba mais...
Com o apoio das doulas, futuras mães fazem o plano de parto
Um grupo delas quer desfazer os mitos em torno do parto e fazer com que cada momento possa ser protagonizado pelas mães. A queixa de muitas delas é que o aparato do ambiente hospitalar impede, por exemplo, a presença de um acompanhante durante o nascimento, embora seja uma determinação legal. Mesmo sendo um momento de intimidade entre o casal, o parto natural, diferentemente da cesariana, pode ser acompanhado por familiares e pelas doulas.
As doulas estão lá para aplicar massagens para ajudar no controle das contrações, para acalmar os pais que ficam desesperados ou simplesmente para dar a mão à mãe que precisa de um amparo. Não há um momento exato durante o período da gestação para ter início o acompanhamento feito pelas doulas. Pode começar nas primeiras semanas como pode ser também iniciado dias antes do parto. “A escolha tem a ver com a empatia”, afirma a doula e psicóloga Daphne Paiva Bergo, de 35.
Daphne e Renata se encontraram às vésperas do nascimento de Beatriz. “Minha mão foi ela quem apertou. Ficou quatro horas e meia junto comigo”, lembra Renata, que, há um bom tempo, conhecia o trabalho das doulas, mas decidiu-se pelo acompanhamento de uma delas quase no último momento. As duas ficaram se conhecendo na casa de Renata, durante o Chá de Bênção, momento festivo em que as mulheres fazem escalda-pés, massagens, preparam o quarto do bebê da gestante que irá dar à luz. “O chá foi na segunda-feira de carnaval. Na quarta-feira de cinzas, comecei a sentir as contrações às 2h. Então decidi que seria a Daphne, uma coisa de instinto e empatia.” O Bem Viver conversou com doulas e doulandas, que contaram como é a experiência de acompanhamento.
ORIGINAL EM: http://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2010/10/17/interna_nacional,186218/grupo-de-mulheres-as-doulas-resgata-sensualidade-na-hora-do-parto.shtml
Com o apoio das doulas, futuras mães fazem o plano de parto
Márcia Maria Cruz - Estado de Minas
Publicação: 17/10/2010
Uso de anestesia, quantidade do medicamento a ser administrada, parto sem cortes, contato imediato com a criança. As gestantes podem fazer uma série de escolhas em relação à forma como pretendem ter o filho, mas nem sempre elas são respeitadas. Pelo menos é do que se queixam muitas delas. Uma das decisões que atormentam uma gestante é se o parto será normal ou cesariana. Não é para menos. As futuras mães não querem colocar em risco a saúde do filho nem o próprio bem-estar. Mas, principalmente, quando se é mãe de primeira viagem, o parto é um universo a ser desvendado e, diante do incerto, os temores aumentam.
Para que as escolhas da mulher sejam garantidas, muitas delas fazem o plano de parto. Colocam por escrito a que querem e a que não querem ser submetidas. Cópias das intenções da futura mãe são distribuídas para o obstetra ou enfermeira-obstetra, que vai conduzir o parto, para o parceiro e para a doula. Isso porque, no momento que se intensificam as contrações, a mulher vai para um outro plano, “a partolândia”, nas palavras de muitas delas. “A sensação é que você está ali e, ao mesmo tempo, não está”, afirma a auxiliar de biblioteca Renata Pereira da Rocha Araujo.
Saiba mais...
Grupo de mulheres, as doulas, resgata sensualidade na hora do parto
Durante a gestação, as doulas conversam sobre todo o procedimento do parto, informando a gestante, por exemplo, sobre as vantagens e desvantagens do uso de anestesia. “A analgesia tira a dor, mas vai retardar o trabalho de parto. O processo de adaptação do bebê também será mais difícil”, informa a doula Mariana Mesquita. Os procedimentos adotados pelos médicos durante o parto do primeiro filho, Gabriela, de 11 anos, traumatizaram Renata.
As lembranças fizeram com que ela adiasse a segunda gravidez. “Foi uma cesariana totalmente desnecessária, mas que era conveniente com a data e o horário da médica”, afirmou. Conforme lembra, o processo foi tão impessoal que o marido não pôde entrar na sala de parto e a única pessoa que conversou com ela foi o anestesista. “Quando cheguei, um pessoal de verde me pegou e me levou para o banheiro. Lá, me depilaram e depois fui largada na sala de anestesia. Sentia como se estivesse a deus-dará. “Meu marido queria assistir ao parto, mas havia uma série de restrições que o impossibilitaram. Deixaram claro para ele que se ele passasse mal o problema era dele. Ele só poderia ficar de longe, filmando, e não poderia nem pegar na minha mão”, recorda.
Depois da cesariana, ela teve que pedir à enfermeira para ver a filha, que, conforme ela narra, foi colocada em um elevador, semelhante àqueles usados em restaurante para descer as refeições da cozinha para o salão. “Colocam o bebê em um elevador de metal, parecido com os de self service, e ele sobe sozinho sabe-se lá para onde.” Em função da cirurgia, ficou 24 horas sem conseguir se sentar nem mesmo para amamentar a filha. Quando resolveu superar esses traumas e engravidar novamente, Renata buscou informações na organização não governamental Bem Nascer, onde começou a participar de rodas de discussão com outras mulheres.
RISCOS A escolha entre parto normal e cesariana é muito difícil para as mulheres. Foi o que ocorreu com a engenheira Ana Paula Venturini, de 38, que chegou a se consultar paralelamente com dois obstetras. Um deles defendia o parto normal e o outro a cesariana, embora dissesse que não era a favor. Ana, porém, estava decidida a fazer o parto normal, a não ser que houvesse riscos reais para ela e para o bebê.
Diante disso, a solução era se informar, o máximo possível, sobre gestação e parto. O caminho foi procurar as doulas, que atuam também como conselheiras. “Queria parto normal, mas nenhuma das minhas amigas mais próximas tinha tido parto normal. O médico chegou a dizer que isso era coisa de índio”, lembra. A partir do aconselhamento da doula Mariana de Mesquita, de 31, ela obteve mais informações para conversar com o médico sobre os procedimentos que iria adotar.
No dia do parto, como a dilatação ou a abertura da passagem para o bebê, ocorreu de uma forma muito rápida, Ana Paula recebeu anestesia, mas uma quantidade que permitisse que ela sentisse cada momento, como, por exemplo, a saída do bebê. “Queria ter parto normal, mas tinha medo por não saber o que é. Todo mundo fala só coisas ruins, mas é a melhor coisa que tem”, avalia. O aconselhamento da doula foi essencial para que ela passasse pela gestação e pelo parto com mais segurança.
Em geral, a dilatação tem que chegar a 10 centímetros para que o bebê tenha passagem. O movimento de contração é um sintoma de adaptação do corpo da mulher. O colo do útero, que fica grosso durante a gravidez, conforme vai se abrindo afina.
ORIGINAL EM: http://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2010/10/17/interna_nacional,186220/com-o-apoio-das-doulas-futuras-maes-fazem-o-plano-de-parto.shtml
Publicação: 17/10/2010
Uso de anestesia, quantidade do medicamento a ser administrada, parto sem cortes, contato imediato com a criança. As gestantes podem fazer uma série de escolhas em relação à forma como pretendem ter o filho, mas nem sempre elas são respeitadas. Pelo menos é do que se queixam muitas delas. Uma das decisões que atormentam uma gestante é se o parto será normal ou cesariana. Não é para menos. As futuras mães não querem colocar em risco a saúde do filho nem o próprio bem-estar. Mas, principalmente, quando se é mãe de primeira viagem, o parto é um universo a ser desvendado e, diante do incerto, os temores aumentam.
Para que as escolhas da mulher sejam garantidas, muitas delas fazem o plano de parto. Colocam por escrito a que querem e a que não querem ser submetidas. Cópias das intenções da futura mãe são distribuídas para o obstetra ou enfermeira-obstetra, que vai conduzir o parto, para o parceiro e para a doula. Isso porque, no momento que se intensificam as contrações, a mulher vai para um outro plano, “a partolândia”, nas palavras de muitas delas. “A sensação é que você está ali e, ao mesmo tempo, não está”, afirma a auxiliar de biblioteca Renata Pereira da Rocha Araujo.
Saiba mais...
Grupo de mulheres, as doulas, resgata sensualidade na hora do parto
Durante a gestação, as doulas conversam sobre todo o procedimento do parto, informando a gestante, por exemplo, sobre as vantagens e desvantagens do uso de anestesia. “A analgesia tira a dor, mas vai retardar o trabalho de parto. O processo de adaptação do bebê também será mais difícil”, informa a doula Mariana Mesquita. Os procedimentos adotados pelos médicos durante o parto do primeiro filho, Gabriela, de 11 anos, traumatizaram Renata.
As lembranças fizeram com que ela adiasse a segunda gravidez. “Foi uma cesariana totalmente desnecessária, mas que era conveniente com a data e o horário da médica”, afirmou. Conforme lembra, o processo foi tão impessoal que o marido não pôde entrar na sala de parto e a única pessoa que conversou com ela foi o anestesista. “Quando cheguei, um pessoal de verde me pegou e me levou para o banheiro. Lá, me depilaram e depois fui largada na sala de anestesia. Sentia como se estivesse a deus-dará. “Meu marido queria assistir ao parto, mas havia uma série de restrições que o impossibilitaram. Deixaram claro para ele que se ele passasse mal o problema era dele. Ele só poderia ficar de longe, filmando, e não poderia nem pegar na minha mão”, recorda.
Depois da cesariana, ela teve que pedir à enfermeira para ver a filha, que, conforme ela narra, foi colocada em um elevador, semelhante àqueles usados em restaurante para descer as refeições da cozinha para o salão. “Colocam o bebê em um elevador de metal, parecido com os de self service, e ele sobe sozinho sabe-se lá para onde.” Em função da cirurgia, ficou 24 horas sem conseguir se sentar nem mesmo para amamentar a filha. Quando resolveu superar esses traumas e engravidar novamente, Renata buscou informações na organização não governamental Bem Nascer, onde começou a participar de rodas de discussão com outras mulheres.
RISCOS A escolha entre parto normal e cesariana é muito difícil para as mulheres. Foi o que ocorreu com a engenheira Ana Paula Venturini, de 38, que chegou a se consultar paralelamente com dois obstetras. Um deles defendia o parto normal e o outro a cesariana, embora dissesse que não era a favor. Ana, porém, estava decidida a fazer o parto normal, a não ser que houvesse riscos reais para ela e para o bebê.
Diante disso, a solução era se informar, o máximo possível, sobre gestação e parto. O caminho foi procurar as doulas, que atuam também como conselheiras. “Queria parto normal, mas nenhuma das minhas amigas mais próximas tinha tido parto normal. O médico chegou a dizer que isso era coisa de índio”, lembra. A partir do aconselhamento da doula Mariana de Mesquita, de 31, ela obteve mais informações para conversar com o médico sobre os procedimentos que iria adotar.
No dia do parto, como a dilatação ou a abertura da passagem para o bebê, ocorreu de uma forma muito rápida, Ana Paula recebeu anestesia, mas uma quantidade que permitisse que ela sentisse cada momento, como, por exemplo, a saída do bebê. “Queria ter parto normal, mas tinha medo por não saber o que é. Todo mundo fala só coisas ruins, mas é a melhor coisa que tem”, avalia. O aconselhamento da doula foi essencial para que ela passasse pela gestação e pelo parto com mais segurança.
Em geral, a dilatação tem que chegar a 10 centímetros para que o bebê tenha passagem. O movimento de contração é um sintoma de adaptação do corpo da mulher. O colo do útero, que fica grosso durante a gravidez, conforme vai se abrindo afina.
ORIGINAL EM: http://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2010/10/17/interna_nacional,186220/com-o-apoio-das-doulas-futuras-maes-fazem-o-plano-de-parto.shtml
Selinhos
Claudia Halley me enviou dois selinhos fofos, então lá vai...
As regras são:
- Linkar quem indicou;
- Dizer nove coisas sobre mim:
1. Sou apaixonada com arte, já fiz teatro mas acabei me distanciando.
2. Outra grande paixão minha, são as gestantes e os bebês. E é por esse grupo que estou terminando a faculdade de enfermagem e sou doula.
3. Apesar das pessoas me acharem espontânea, eu sou super tímida.
4. Sou muito boa de cama, durmo que é uma beleza, e por mais que isso aconteça, sempre continuo com sono.
5. O meu grande amor é minha irmã Clarissa.
6. Meus amigos são meu refúgio, minha força.
7. Sou cheia dos pecados, mas a gula me domina!
8. Tem dois anos que não leio um livro que não seja da faculdade ou de obstetrícia.
9. Sou viciada em internet.
Mágico é tudo aquilo que nos faz acreditar em um bem maior, saber que existe um Deus/energia vital/deusas... e sem dúvida o que me faz acreditar em tudo isso é ver um sorriso nos lábios de uma mãe ao pegar seu filho pela primeira vez nos braços; é escutar o choro forte de uma criança que acaba de vir ao mundo; é ver uma flor se abrir ou simplesmente parar e ver o mundo acontecer. Isso pra mim é mágico!!!
As regras são:
- Linkar quem indicou;
- Dizer nove coisas sobre mim:
1. Sou apaixonada com arte, já fiz teatro mas acabei me distanciando.
2. Outra grande paixão minha, são as gestantes e os bebês. E é por esse grupo que estou terminando a faculdade de enfermagem e sou doula.
3. Apesar das pessoas me acharem espontânea, eu sou super tímida.
4. Sou muito boa de cama, durmo que é uma beleza, e por mais que isso aconteça, sempre continuo com sono.
5. O meu grande amor é minha irmã Clarissa.
6. Meus amigos são meu refúgio, minha força.
7. Sou cheia dos pecados, mas a gula me domina!
8. Tem dois anos que não leio um livro que não seja da faculdade ou de obstetrícia.
9. Sou viciada em internet.
Mágico é tudo aquilo que nos faz acreditar em um bem maior, saber que existe um Deus/energia vital/deusas... e sem dúvida o que me faz acreditar em tudo isso é ver um sorriso nos lábios de uma mãe ao pegar seu filho pela primeira vez nos braços; é escutar o choro forte de uma criança que acaba de vir ao mundo; é ver uma flor se abrir ou simplesmente parar e ver o mundo acontecer. Isso pra mim é mágico!!!
sábado, 30 de outubro de 2010
O nascimento de Sofia
Ah... Sofia!!! Menina linda, enorme, e muito esperada!
Lucélia, mãe de Sofia, me permitiu acompanhar sua gestação logo do princípio.
A gravidez decorreu tranquila, sem grandes problemas. Lucélia sempre muito tranquila demonstrava sua alegria em guardar e aguardar a pequenina.
Nas três últimas semanas de gestação me mantive mais próxima delas, já que o papai estava trabalhando em outra cidade e não pôde acompanhar fisicamente toda a gestação.
Visitei Lucélia em 11 de outubro, fui tão bem recebida! Conheci o quartinho e todos os mimos que esperavam por Sofia. Tivemos um fim de tarde e parte da noite muito agradáveis, Lucélia e eu conversamos sobre suas expectativas em relação à chegada da princesinha e suas preferências em relação ao parto e cuidados primários na Casa de Parto. Ela me contou que queria um parto tranquilo, que sua filha nascesse da maneira mais amena possível, não tinha expectativas em relação à posição para parir, só queria se sentir livre para deixar a natureza agir.
Fiquei tão feliz em visitá-la, minhas energias sempre se renovam na presença de mulheres que gestam, e se tratando da Lucélia, havia algo maior que nos unia, uma espécie de cumplicidade, já que a conheço há dois anos e acompanhei parte de suas expectativas em relação à maternidade.
Durante a semana que se seguiu, me comuniquei com a Lucélia por telefone, acalmando-a, esclarecendo suas dúvidas e claro "babando" naquele barrigão. Sentia que a cada dia que se passava, Lucélia ficava mais ansiosa para a chegada de Sofia. Quando os pódromos se intensificaram e a dilatação começou, Lucélia imaginou que Sofia já estava chegando imediatamente. Acredito que parte dessa angústia para a recepção da pequena, vinha da necessidade que Lucélia sentia de ter Cleber, seu companheiro por perto. Por várias vezes ela me contava do desejo que Sofia viesse logo, para que o pai pudesse acompanhar tudo de perto. Mas como bem sabemos a natureza tem seu curso, o que me cabia era escutá-la, tranquilizar sobre o processo que seu corpo estava passando, me disponibilizar.
Por algumas vezes nas semanas que se seguiram, Lucélia buscou Mírian (EO) e o Hospital Sofia Feldman, com a esperança de acelerar todo o processo. Me senti angustiada em alguns momentos, por saber da pressa de Lucélia para que Sofia chegasse. Para a minha alegria, Lucélia estava muito bem amparada. Tanto no Sofia, quanto com Mirian a sugestão era a mesma, que Lucélia tivesse calma, esperasse um pouco mais para tomar alguma atitude que viesse a acelerar o tempo de Sofia.
No dia 22 de outubro por volta das 14 horas recebi um telefonema de Lucélia me avisando que havia ido fazer um escalda-pés na maternidade e que como estava com quase 4 cm de dilatação, o médico a sugeriu que já ficasse internada. Como Lucélia estava tranquila, não estava se sentindo incomodada com nada e também não estava com contrações, combinei com ela que voltaria a ligar as 19 horas para saber como ela estava e se necessário iria a seu encontro. Agi assim instintivamente, acreditava que aquele ainda não seria o momento que Sofia nos agraciaria com sua presença. Mais tarde como o combinado, liguei para Lucélia e Cleber seu esposo me disse que haviam feito o BCF e estavam a espera do médico para que avaliasse e se tudo estivesse normal fossem liberados para voltar para casa. E assim tudo ocorreu...
No sábado de manhã, Lucélia me ligou avisando que iria novamente ao hospital para ver se estava tudo bem com Sofia e induzir o parto. Bia, a enfermeira de plantão na casa de parto da maternidade, tranquilizou Lucélia e a orientou a dar um pouco mais de tempo para Sofia. Lucélia e Cleber foram para Nova Lima descansar um pouco e se desconectarem da pressão para que o parto começasse.
As 16 horas voltei a ligar para Lucélia, ela me disse que estava se sentindo muito bem, havia comido jabuticaba e as contrações começaram a se intensificar, fomos interrompidas por uma forte contração... as 19h40min por ligação, Helena minha doula-backup, avisou que Lucélia estava na casa de parto do Sofia. Me organizei e fui ao encontro do casal.
Cheguei na CPN do Sofia as 20h55min, Lucélia estava na cama do quarto principal. Me saudou com um sorriso e disse da alegria em me ver ali. Ela e Cleber estavam muito próximos de conhecerem sua princesinha. Me posicionei ao seu lado e ali permaneci, quando as contrações vinham fazia massagem, segurava sua mão. Lucélia pediu anestesia, explicamos (Bia e eu)que naquele momento a anestesia iria retardar o parto e que provavelmente antes de começar a fazer efeito, Sofia já tivesse nascido. Lucélia então abandonou a idéia, na contração seguinte Sofia apontou, sugerimos a ela que colocasse a mão para sentir a cabeçinha de sua filha. Acredito que aquele momento motivou Lucélia, mais duas ou três contrações vieram e em seguida Sofia nasceu,as 21h33min. Cleber esteve todo o tempo do expulsivo presente no quarto, mas preferiu não participar ativamente, para ele era um momento muito intenso e só a sua presença já era um grande feito.
Quando coloquei Sofia no peito de Lucélia, ela e Cleber choraram de emoção. Pela primeira vez os três se encontraram, foi uma cena linda ver aquela família. Lucélia teve seu tão sonhado parto natural, sem enema, sem episiotomia, sem anestesia e Cleber cortou o cordão umbilical. Sofia nasceu saudável e forte. A mamãe logo após o parto, já estava tomando banho. Lucélia amamentou Sofia na primeira hora e permaneceu com sua filha durante todo o tempo.
Agradeço imensamente a esta linda e abençoada família por me permitir participar de um momento tão especial em suas vidas, e a Deus por dar força e coragem a essas mulheres maravilhosas que parem suas crias da maneira mais bela e natural.
"Parto, Partir, Deixar ir, Libertar, Soltar, Entregar, Trazer à luz, Não é dar a vida. É doar à vida. É desapego. É por isto que dói tanto!" MARIA GORETI ROCHA - Vila Velha/ES
Lucélia, mãe de Sofia, me permitiu acompanhar sua gestação logo do princípio.
A gravidez decorreu tranquila, sem grandes problemas. Lucélia sempre muito tranquila demonstrava sua alegria em guardar e aguardar a pequenina.
Nas três últimas semanas de gestação me mantive mais próxima delas, já que o papai estava trabalhando em outra cidade e não pôde acompanhar fisicamente toda a gestação.
Visitei Lucélia em 11 de outubro, fui tão bem recebida! Conheci o quartinho e todos os mimos que esperavam por Sofia. Tivemos um fim de tarde e parte da noite muito agradáveis, Lucélia e eu conversamos sobre suas expectativas em relação à chegada da princesinha e suas preferências em relação ao parto e cuidados primários na Casa de Parto. Ela me contou que queria um parto tranquilo, que sua filha nascesse da maneira mais amena possível, não tinha expectativas em relação à posição para parir, só queria se sentir livre para deixar a natureza agir.
Fiquei tão feliz em visitá-la, minhas energias sempre se renovam na presença de mulheres que gestam, e se tratando da Lucélia, havia algo maior que nos unia, uma espécie de cumplicidade, já que a conheço há dois anos e acompanhei parte de suas expectativas em relação à maternidade.
Durante a semana que se seguiu, me comuniquei com a Lucélia por telefone, acalmando-a, esclarecendo suas dúvidas e claro "babando" naquele barrigão. Sentia que a cada dia que se passava, Lucélia ficava mais ansiosa para a chegada de Sofia. Quando os pódromos se intensificaram e a dilatação começou, Lucélia imaginou que Sofia já estava chegando imediatamente. Acredito que parte dessa angústia para a recepção da pequena, vinha da necessidade que Lucélia sentia de ter Cleber, seu companheiro por perto. Por várias vezes ela me contava do desejo que Sofia viesse logo, para que o pai pudesse acompanhar tudo de perto. Mas como bem sabemos a natureza tem seu curso, o que me cabia era escutá-la, tranquilizar sobre o processo que seu corpo estava passando, me disponibilizar.
Por algumas vezes nas semanas que se seguiram, Lucélia buscou Mírian (EO) e o Hospital Sofia Feldman, com a esperança de acelerar todo o processo. Me senti angustiada em alguns momentos, por saber da pressa de Lucélia para que Sofia chegasse. Para a minha alegria, Lucélia estava muito bem amparada. Tanto no Sofia, quanto com Mirian a sugestão era a mesma, que Lucélia tivesse calma, esperasse um pouco mais para tomar alguma atitude que viesse a acelerar o tempo de Sofia.
No dia 22 de outubro por volta das 14 horas recebi um telefonema de Lucélia me avisando que havia ido fazer um escalda-pés na maternidade e que como estava com quase 4 cm de dilatação, o médico a sugeriu que já ficasse internada. Como Lucélia estava tranquila, não estava se sentindo incomodada com nada e também não estava com contrações, combinei com ela que voltaria a ligar as 19 horas para saber como ela estava e se necessário iria a seu encontro. Agi assim instintivamente, acreditava que aquele ainda não seria o momento que Sofia nos agraciaria com sua presença. Mais tarde como o combinado, liguei para Lucélia e Cleber seu esposo me disse que haviam feito o BCF e estavam a espera do médico para que avaliasse e se tudo estivesse normal fossem liberados para voltar para casa. E assim tudo ocorreu...
No sábado de manhã, Lucélia me ligou avisando que iria novamente ao hospital para ver se estava tudo bem com Sofia e induzir o parto. Bia, a enfermeira de plantão na casa de parto da maternidade, tranquilizou Lucélia e a orientou a dar um pouco mais de tempo para Sofia. Lucélia e Cleber foram para Nova Lima descansar um pouco e se desconectarem da pressão para que o parto começasse.
As 16 horas voltei a ligar para Lucélia, ela me disse que estava se sentindo muito bem, havia comido jabuticaba e as contrações começaram a se intensificar, fomos interrompidas por uma forte contração... as 19h40min por ligação, Helena minha doula-backup, avisou que Lucélia estava na casa de parto do Sofia. Me organizei e fui ao encontro do casal.
Cheguei na CPN do Sofia as 20h55min, Lucélia estava na cama do quarto principal. Me saudou com um sorriso e disse da alegria em me ver ali. Ela e Cleber estavam muito próximos de conhecerem sua princesinha. Me posicionei ao seu lado e ali permaneci, quando as contrações vinham fazia massagem, segurava sua mão. Lucélia pediu anestesia, explicamos (Bia e eu)que naquele momento a anestesia iria retardar o parto e que provavelmente antes de começar a fazer efeito, Sofia já tivesse nascido. Lucélia então abandonou a idéia, na contração seguinte Sofia apontou, sugerimos a ela que colocasse a mão para sentir a cabeçinha de sua filha. Acredito que aquele momento motivou Lucélia, mais duas ou três contrações vieram e em seguida Sofia nasceu,as 21h33min. Cleber esteve todo o tempo do expulsivo presente no quarto, mas preferiu não participar ativamente, para ele era um momento muito intenso e só a sua presença já era um grande feito.
Quando coloquei Sofia no peito de Lucélia, ela e Cleber choraram de emoção. Pela primeira vez os três se encontraram, foi uma cena linda ver aquela família. Lucélia teve seu tão sonhado parto natural, sem enema, sem episiotomia, sem anestesia e Cleber cortou o cordão umbilical. Sofia nasceu saudável e forte. A mamãe logo após o parto, já estava tomando banho. Lucélia amamentou Sofia na primeira hora e permaneceu com sua filha durante todo o tempo.
Agradeço imensamente a esta linda e abençoada família por me permitir participar de um momento tão especial em suas vidas, e a Deus por dar força e coragem a essas mulheres maravilhosas que parem suas crias da maneira mais bela e natural.
"Parto, Partir, Deixar ir, Libertar, Soltar, Entregar, Trazer à luz, Não é dar a vida. É doar à vida. É desapego. É por isto que dói tanto!" MARIA GORETI ROCHA - Vila Velha/ES
sábado, 9 de outubro de 2010
Sundari - Natural com bolsa intacta!
POR: ARIANY (Dhanna), mãe e doulada.
Durante o mês de maio senti várias contrações, sendo comum ter uma contração a cada meia hora, num período de uma hora e meia. E esse processo foi novo para mim, apesar dessa ter sido minha terceira gestação! Essas contrações são como preliminares, uma preparação natural do corpo. Algumas mulheres tem e outras não, porém as minhas eram doloridas, o que gerou um incômodo no fim da gestação, pois acordava até na madrugada, sentindo as contrações. Apesar dessa “novidade”, tudo estava bem comigo e minha nenem.
De acordo com o meu ultra-som, eu completaria 40 semanas no dia 25 de maio, mas de acordo com a data da minha menstruação completaria 40 semanas no dia 04 de junho.
Apesar de confiar mais na minha data do que na do exame, a medida em que o tempo ia passando eu ficava mais e mais nervosa. E as contrações doloridas eram minha maior preocupação, então comecei a ficar em alerta desde a última semana do mês de maio.
Todos os dias fazia caminhadas.
Na última semana de maio comecei a fazer caminhadas mais longas, para estimular as contrações.
No dia 03 de junho eu já estava num estresse fora do normal, sentia medo, angústia, ansiedade e mais um monte de sentimentos e pensamentos que iam se misturando e me sentia muito confusa. Meu instinto dizia que estava tudo bem, que ainda não havia chegado o momento, mas a mente não me deixava em paz, já que de acordo com o ultra-som eu estava com 42 semanas.
Cheguei a chorar compulsivamente! Depois da catarse, respirei fundo e pensei no que eu queria para mim e minha família: um processo forçado ou natural?
Tinha a certeza que ao chegar no hospital com o exame apontando a provável data do nascimento da minha filha, eles iriam forçar. Isso era algo que estava fora de cogitação, a não ser que fosse extremamente necessário.
Fui ao meu local de oração, acendi uma vela, um incenso e desabafei com minha Deusa Mãe. Precisava de força, de me sentir segura. E foi assim que consegui me acalmar.
No dia 05 de junho fomos eu, meu marido e meus dois filhos, para o mercado central de belo horizonte, idéia sugerida pelo meu filho mais velho, Dhayaram, para que eu pudesse caminhar e me distrair, já que a ansiedade era grande.
Fomos para lá ao meio-dia e ficamos até as 16 horas! Depois fomos comer pastel (desejos de mulher grávida *rsrs) e decidi ir ao Sofia Fieldman. Nesse momento as contrações vinham a cada 15 minutos! Chegando lá estava com 7 cm de dilatação, mas as contrações estavam fracas. A enfermeira Cintia, quem fez o acolhimento, foi um amor de pessoa e disse que devido à minha tranquilidade iria me mandar para a Casa de Parto. Mau sabia ela que era essa a minha intenção. Estava muito feliz, pois pensava que em breve veria minha pequena!
Pedi ao meu marido que ligasse para as doulas que iriam acompanhar o parto.
Vanessa e Helena chegaram rápido. Eu já havia tomado banho e estava no quarto com banheira! (o único da casa de parto)
Os meus filhos estavam agitados. Dhayaram não queria sair de perto de mim, pois queria ver sua irmã nascendo.
Fiz agachamentos, caminhadas com o acompanhamento, hora da Vanessa, hora da Helena, enquanto que o Raja ficava cuidando dos meninos dentro do quarto.
Eram raras as contrações.
Quando viam, elas faziam uma massagem relaxante. A Helena sugeriu o agachamento, que fiz algumas vezes.
O tempo foi passando, os meninos dormiram e a madrugada chegou. Com ela veio também o cansaço. Eu já não queria mais caminhar para lá e para cá, no corredor da casa de parto.
Quando me sentava no banco e me inclinava para frente, começava a sentir a contração, que passava logo. Ficamos conversando e a companhia das doulas foi agradável, porque assim eu me distraía.
Lembrava do parto do Suraj e de como eram fortes as contrações. Eu gritava com Raja para fazer massagem no momento em que vinham, devido à sua intensidade!
E o que eu mais queria, naquele momento era sentir dor!
Estava muito cansada, mas não conseguia descansar.
Helena sugeriu que eu fosse dormir um pouco e aceitei a sugestão.
Tirei só mesmo um cochilo e acho que meia hora depois despertei. Quando saí do quarto vi a Vanessa e a Helena sentadas no banco e voltamos a conversar. A tecnica em enfermagem que estava de plantão estava lá também. Aproveitei para perguntar a ela o que aconteceria caso as contrações não viessem, se eles iriam usar ocitocina. Ela disse que mesmo estando na casa de parto, devido à demora do meu trabalho de parto, poderia acontecer isso, já que eu estava com 10 cm de dilatação.
Aquilo me deixou em alerta e veio a insegurança e o medo.
Comecei a me sentir culpada por não ter contração (sei que não tem nada haver, que eu não tinha culpa alguma, mas naquele momento esse pensamento martelava em minha cabeça).
No parto do Suraj deixei que a bolsa fosse rompida, pois já estava com a dilatação completa. De acordo com o Edvan, enfermeiro que assistiu ao parto do Suraj, eu ficaria ali, sentindo dor desnecessariamente, até que a bolsa rompesse naturalmente.
Conversando com a Vanessa descobri algo novo: é possível um parto com a bolsa intacta, mas que isso era algo raro e que até acredita-se que as crianças que nascem dessa forma são protegidas. Chegamos à conclusão de que hoje em dia não se espera para ver se a criança vai nascer com a bolsa intacta: eles (os médicos) não esperam.
Assisti um parto desse no youtube e fiquei encantada. Talvez se tivesse esperado, Suraj teria nascido dessa forma. Então, como não foi possível antes, queria que dessa vez fosse mais natural ainda, nada de romper a bolsa, nem quando chegar à dilatação completa.
Tudo isso estava no meu plano de parto, mas o fato de não ter contrações (nada mesmo) aliado ao pavor de ter que me submeter ao soro e, se não resolvesse, a uma cesárea, me deixou angustiada.
Sentada ao lado da Vanessa eu disse que estava pensando em aceitar a sugestão da Joana, enfermeira de plantão, de romper a bolsa, para estimular as contrações.
No mesmo instante Vanessa me perguntou se era isso mesmo o que eu queria.
Aquilo me fez lembrar do que eu queria.
Joana fez o monitoramento dos batimentos cardíacos do bebê e tudo estava bem.
O sol estava nascendo e passamos a noite em claro: eu, as doulas e meu marido.
Eu precisava descansar, dormir na minha cama, estar num lugar em que me sentia mais segura e sem me sentir pressionada, com receio de que a qualquer momento alguém viesse até mim e dissesse que eu teria que me submeter a algum processo que não estava nos meus planos.
Toda essa pressão não estavam me fazendo bem.
Conversando com meu marido decidimos, juntos, que iriamos para casa, mesmo sabendo do risco iminente, já que ela poderia nascer a qualquer momento.
Pensei: na “pior” das hipóteses, ela nasce em casa.
O meu receio era o de o hospital não me liberar, já que no parto do meu primeiro filho o médico não autorizou minha saída do hospital, quando eu estava com 6cm de dilatação.
Para minha surpresa, Joana disse que eu poderia ir para casa, mas que não me daria alta, como se eu nem tivesse saído de lá. Só pediu para que esperasse a Cibili, enfermeira que iria dar plantão no domingo.
Cibili quis ver como estava a bolsa, averiguar se havia presença de mecômio.
Para minha despreocupação, os batimentos cardíacos da nenem estavam ótimos e o líquido aminiótico estava “clarinho”.
Foi possível ver porque a bolsa já estava baixa demais.
Tivemos uma conversa de 15 minutos apenas, o suficiente para saber que existem pessoas que acreditam na força da ntureza, da vida!
Ela me disse que seus partos haviam sido em casa e que eu, com a tranquilidade na qual estava, se acontecesse seria muito tranquilo.
Foi o suficiente para me sentir mais segura e saber que aquela era a decisão mais certa a ser tomada, naquele momento.
Não queria decepcionar ninguém, por isso conversei com a Vanessa e a Helena, e elas foram muito acolhedoras, apoiando minha decisão, o que foi de extrema importancia.
A primeira coisa que fiz ao chegar em casa foi dormir.
Umas três horas seguidas.
Tomei café da manhã e fui dormir mais.
Passei o domingo dormindo...
Não sentia contrações!
Por volta das 18:00hrs fui até meu altar, fiz minhas oferendas e chorei muito!
Por mais que eu confiasse, a mente voltava a me atormentar e eu precisava ser forte e apenas confiar.
Meu altar, com minhas Deusas grávidas, era um ponto no qual eu me apoiava e foi meu porto seguro emocional.
Fomos todos para o Templo Hare Krisna.
Tendo dois meninos “espertinhos”, subi e desci as escadas diversas vezes e, por mais que meu marido se oferecesse para cuidar dos meninos, eu fiz questão pois me distraía.
Dancei um pouco, depois comemos prashada e conversei com as pessoas sobre tudo, exceto gravidez e parto (rs), o que me deixou bem relaxada.
Voltamos cedo para casa, por volta das 21:00hrs, por causa do frio.
Deitei com o relógio do lado.
Acordei às 2:25hrs com uma contração.
Acordei meu marido e continuei deitada.
Veio outra, às 2:35hrs. Levantei e fui ao banheiro.
2:40hrs, mais uma contração e eu comecei a rir!!!
Já fui trocando a roupa e meu marido foi para o carro.
Já não olhava no relógio, as contrações eram seguidas!
Eu cantava e gritava bem alto, dentro do carro, a cada contração e depois começava a rir, não conseguia parar com essa tempestade emocional.
Estava realmente muito feliz.
Ao chegar na casa de parto, às 3:00hrs, me agachava a cada contração e percebi um pouco de sangue.
Quando a contração parava eu dava uma “corridinha”, para chegar logo no quarto.
Joana já me esperava e foi enchendo a banheira.
Me agachei no chão frio do quarto e ela me disse para subir na cama.
Eu disse que ficaria ali, no chão, até que a banheira estivesse pronta.
Ela perguntou: _Vai querer que sua filha nasça aí, no chão?
Claro que não! pensei comigo mesmo, mas só levantaria para ir para a banheira.
Eu fiquei calada e continuei ali.
Assim que a contração parou, levantei sozinha e “pulei” na banheira, que ainda estava enchendo.
Deitei de lado na banheira, essa era a posição mais confortável naquele momento.
O trabalho de parto agora era pra valer. Podia literalmente tocar na bolsa!
Então ela descia e eu só pensava em não fazer força, para que tudo fosse o mais suave possível.
Joana trouxe o som, com uma música bem suave... a luz também era, num tom azulado, tranquilizador.
Isso durou 25 minutos e a Joana comentou que esse era um momento expulsivo lento, ela parecia nem acreditar no que estava presenciando.
De repente saiu a cabeça e eu vi minha filha dormindo, através da bolsa!
Abriu os olhos e fechou novamente, super tranquila!
Ela foi saindo bem devagar, com a bolsa intacta!
Ela fez um movimento de impulso com as pernas, quando saiu completamente, rompendo a bolsa. Depois, ainda dentro d’água, voltou a dormir.
Ela ficou dentro da banheira por 8 minutos, acordando e dormindo...
Quando saiu da água, permaneceu em meus braços e ficamos ali, papai, mamãe e filhinha, sem que ela chorasse, expelindo o líquido naturalmente, sem nenhuma intervenção.
Foi quando me dei conta de que a banheira estava vermelha de sangue e comecei a me sentir muito mau, fraca...Eu não me lembro, mas a última coisa que disse à câmera foi:
_Estou sentindo muito dor.
De relance, vi meu marido, de roupa, dentro da banheira, cortando o cordão umbilical depressa e retirando a Sundari dos meus braços.
Depois apaguei.
Me lembro de pedir sal, sentia minha pressão abaixando e apaguei novamente.
Acordei com o soro no braço e meu marido dizendo que nossa filha estava com fome.
Ele a colocou do meu lado e apaguei denovo.
Não me lembro da primeira mamada.
Acordei às 6:00hrs com meu marido, dizendo que iria para casa por causa dos nossos outros dois filhos. Eu concordei e dormi um pouco, com nossa filha do lado, já estando mais consciente.
Acordei às 9:00hrs, ainda me sentindo fraca, e percebi que minha filha estava enrolada somente num pano e com muito frio, eu também estava. Tentei chamar a enfermeira, que só apareceu meia hora depois. Pedi para que colocasse roupa em minha filha.
Comi missô puro, o que me deu mais ânimo. O enfermeiro de plantão insistiu para que eu me levantasse e tomasse banho. No meio do caminho, estando amparada pela enfermeira, caí no chão, desmaiando novamente.
O motivo do sangramento não foi dito e, pela postura de todos, eles não sabiam o que havia acontecido.
Na parte da tarde chegaram meus filhos e marido!
Já me sentia melhor, andando sem apoio.
Sundari foi muito bem recebida pelos irmãos.
Enquanto fiquei no quarto, com meus filhotes, meu marido foi convidado a dar uma palestra no hospital, sobre o parto natural, já que eu não aceitei nenhum tipo de interferência, nem mesmo aquelas que o pessoal da casa de parto acredita fazer parte do “parto natural e humanizado”, coisas como romper a bolsa ou estimular o parto.
Para minha alegria, fui liberada no mesmo dia, às 18:30hrs, voltando para casa com minha família!
Sundari teve apgar 9/10.
Durante o mês de maio senti várias contrações, sendo comum ter uma contração a cada meia hora, num período de uma hora e meia. E esse processo foi novo para mim, apesar dessa ter sido minha terceira gestação! Essas contrações são como preliminares, uma preparação natural do corpo. Algumas mulheres tem e outras não, porém as minhas eram doloridas, o que gerou um incômodo no fim da gestação, pois acordava até na madrugada, sentindo as contrações. Apesar dessa “novidade”, tudo estava bem comigo e minha nenem.
De acordo com o meu ultra-som, eu completaria 40 semanas no dia 25 de maio, mas de acordo com a data da minha menstruação completaria 40 semanas no dia 04 de junho.
Apesar de confiar mais na minha data do que na do exame, a medida em que o tempo ia passando eu ficava mais e mais nervosa. E as contrações doloridas eram minha maior preocupação, então comecei a ficar em alerta desde a última semana do mês de maio.
Todos os dias fazia caminhadas.
Na última semana de maio comecei a fazer caminhadas mais longas, para estimular as contrações.
No dia 03 de junho eu já estava num estresse fora do normal, sentia medo, angústia, ansiedade e mais um monte de sentimentos e pensamentos que iam se misturando e me sentia muito confusa. Meu instinto dizia que estava tudo bem, que ainda não havia chegado o momento, mas a mente não me deixava em paz, já que de acordo com o ultra-som eu estava com 42 semanas.
Cheguei a chorar compulsivamente! Depois da catarse, respirei fundo e pensei no que eu queria para mim e minha família: um processo forçado ou natural?
Tinha a certeza que ao chegar no hospital com o exame apontando a provável data do nascimento da minha filha, eles iriam forçar. Isso era algo que estava fora de cogitação, a não ser que fosse extremamente necessário.
Fui ao meu local de oração, acendi uma vela, um incenso e desabafei com minha Deusa Mãe. Precisava de força, de me sentir segura. E foi assim que consegui me acalmar.
No dia 05 de junho fomos eu, meu marido e meus dois filhos, para o mercado central de belo horizonte, idéia sugerida pelo meu filho mais velho, Dhayaram, para que eu pudesse caminhar e me distrair, já que a ansiedade era grande.
Fomos para lá ao meio-dia e ficamos até as 16 horas! Depois fomos comer pastel (desejos de mulher grávida *rsrs) e decidi ir ao Sofia Fieldman. Nesse momento as contrações vinham a cada 15 minutos! Chegando lá estava com 7 cm de dilatação, mas as contrações estavam fracas. A enfermeira Cintia, quem fez o acolhimento, foi um amor de pessoa e disse que devido à minha tranquilidade iria me mandar para a Casa de Parto. Mau sabia ela que era essa a minha intenção. Estava muito feliz, pois pensava que em breve veria minha pequena!
Pedi ao meu marido que ligasse para as doulas que iriam acompanhar o parto.
Vanessa e Helena chegaram rápido. Eu já havia tomado banho e estava no quarto com banheira! (o único da casa de parto)
Os meus filhos estavam agitados. Dhayaram não queria sair de perto de mim, pois queria ver sua irmã nascendo.
Fiz agachamentos, caminhadas com o acompanhamento, hora da Vanessa, hora da Helena, enquanto que o Raja ficava cuidando dos meninos dentro do quarto.
Eram raras as contrações.
Quando viam, elas faziam uma massagem relaxante. A Helena sugeriu o agachamento, que fiz algumas vezes.
O tempo foi passando, os meninos dormiram e a madrugada chegou. Com ela veio também o cansaço. Eu já não queria mais caminhar para lá e para cá, no corredor da casa de parto.
Quando me sentava no banco e me inclinava para frente, começava a sentir a contração, que passava logo. Ficamos conversando e a companhia das doulas foi agradável, porque assim eu me distraía.
Lembrava do parto do Suraj e de como eram fortes as contrações. Eu gritava com Raja para fazer massagem no momento em que vinham, devido à sua intensidade!
E o que eu mais queria, naquele momento era sentir dor!
Estava muito cansada, mas não conseguia descansar.
Helena sugeriu que eu fosse dormir um pouco e aceitei a sugestão.
Tirei só mesmo um cochilo e acho que meia hora depois despertei. Quando saí do quarto vi a Vanessa e a Helena sentadas no banco e voltamos a conversar. A tecnica em enfermagem que estava de plantão estava lá também. Aproveitei para perguntar a ela o que aconteceria caso as contrações não viessem, se eles iriam usar ocitocina. Ela disse que mesmo estando na casa de parto, devido à demora do meu trabalho de parto, poderia acontecer isso, já que eu estava com 10 cm de dilatação.
Aquilo me deixou em alerta e veio a insegurança e o medo.
Comecei a me sentir culpada por não ter contração (sei que não tem nada haver, que eu não tinha culpa alguma, mas naquele momento esse pensamento martelava em minha cabeça).
No parto do Suraj deixei que a bolsa fosse rompida, pois já estava com a dilatação completa. De acordo com o Edvan, enfermeiro que assistiu ao parto do Suraj, eu ficaria ali, sentindo dor desnecessariamente, até que a bolsa rompesse naturalmente.
Conversando com a Vanessa descobri algo novo: é possível um parto com a bolsa intacta, mas que isso era algo raro e que até acredita-se que as crianças que nascem dessa forma são protegidas. Chegamos à conclusão de que hoje em dia não se espera para ver se a criança vai nascer com a bolsa intacta: eles (os médicos) não esperam.
Assisti um parto desse no youtube e fiquei encantada. Talvez se tivesse esperado, Suraj teria nascido dessa forma. Então, como não foi possível antes, queria que dessa vez fosse mais natural ainda, nada de romper a bolsa, nem quando chegar à dilatação completa.
Tudo isso estava no meu plano de parto, mas o fato de não ter contrações (nada mesmo) aliado ao pavor de ter que me submeter ao soro e, se não resolvesse, a uma cesárea, me deixou angustiada.
Sentada ao lado da Vanessa eu disse que estava pensando em aceitar a sugestão da Joana, enfermeira de plantão, de romper a bolsa, para estimular as contrações.
No mesmo instante Vanessa me perguntou se era isso mesmo o que eu queria.
Aquilo me fez lembrar do que eu queria.
Joana fez o monitoramento dos batimentos cardíacos do bebê e tudo estava bem.
O sol estava nascendo e passamos a noite em claro: eu, as doulas e meu marido.
Eu precisava descansar, dormir na minha cama, estar num lugar em que me sentia mais segura e sem me sentir pressionada, com receio de que a qualquer momento alguém viesse até mim e dissesse que eu teria que me submeter a algum processo que não estava nos meus planos.
Toda essa pressão não estavam me fazendo bem.
Conversando com meu marido decidimos, juntos, que iriamos para casa, mesmo sabendo do risco iminente, já que ela poderia nascer a qualquer momento.
Pensei: na “pior” das hipóteses, ela nasce em casa.
O meu receio era o de o hospital não me liberar, já que no parto do meu primeiro filho o médico não autorizou minha saída do hospital, quando eu estava com 6cm de dilatação.
Para minha surpresa, Joana disse que eu poderia ir para casa, mas que não me daria alta, como se eu nem tivesse saído de lá. Só pediu para que esperasse a Cibili, enfermeira que iria dar plantão no domingo.
Cibili quis ver como estava a bolsa, averiguar se havia presença de mecômio.
Para minha despreocupação, os batimentos cardíacos da nenem estavam ótimos e o líquido aminiótico estava “clarinho”.
Foi possível ver porque a bolsa já estava baixa demais.
Tivemos uma conversa de 15 minutos apenas, o suficiente para saber que existem pessoas que acreditam na força da ntureza, da vida!
Ela me disse que seus partos haviam sido em casa e que eu, com a tranquilidade na qual estava, se acontecesse seria muito tranquilo.
Foi o suficiente para me sentir mais segura e saber que aquela era a decisão mais certa a ser tomada, naquele momento.
Não queria decepcionar ninguém, por isso conversei com a Vanessa e a Helena, e elas foram muito acolhedoras, apoiando minha decisão, o que foi de extrema importancia.
A primeira coisa que fiz ao chegar em casa foi dormir.
Umas três horas seguidas.
Tomei café da manhã e fui dormir mais.
Passei o domingo dormindo...
Não sentia contrações!
Por volta das 18:00hrs fui até meu altar, fiz minhas oferendas e chorei muito!
Por mais que eu confiasse, a mente voltava a me atormentar e eu precisava ser forte e apenas confiar.
Meu altar, com minhas Deusas grávidas, era um ponto no qual eu me apoiava e foi meu porto seguro emocional.
Fomos todos para o Templo Hare Krisna.
Tendo dois meninos “espertinhos”, subi e desci as escadas diversas vezes e, por mais que meu marido se oferecesse para cuidar dos meninos, eu fiz questão pois me distraía.
Dancei um pouco, depois comemos prashada e conversei com as pessoas sobre tudo, exceto gravidez e parto (rs), o que me deixou bem relaxada.
Voltamos cedo para casa, por volta das 21:00hrs, por causa do frio.
Deitei com o relógio do lado.
Acordei às 2:25hrs com uma contração.
Acordei meu marido e continuei deitada.
Veio outra, às 2:35hrs. Levantei e fui ao banheiro.
2:40hrs, mais uma contração e eu comecei a rir!!!
Já fui trocando a roupa e meu marido foi para o carro.
Já não olhava no relógio, as contrações eram seguidas!
Eu cantava e gritava bem alto, dentro do carro, a cada contração e depois começava a rir, não conseguia parar com essa tempestade emocional.
Estava realmente muito feliz.
Ao chegar na casa de parto, às 3:00hrs, me agachava a cada contração e percebi um pouco de sangue.
Quando a contração parava eu dava uma “corridinha”, para chegar logo no quarto.
Joana já me esperava e foi enchendo a banheira.
Me agachei no chão frio do quarto e ela me disse para subir na cama.
Eu disse que ficaria ali, no chão, até que a banheira estivesse pronta.
Ela perguntou: _Vai querer que sua filha nasça aí, no chão?
Claro que não! pensei comigo mesmo, mas só levantaria para ir para a banheira.
Eu fiquei calada e continuei ali.
Assim que a contração parou, levantei sozinha e “pulei” na banheira, que ainda estava enchendo.
Deitei de lado na banheira, essa era a posição mais confortável naquele momento.
O trabalho de parto agora era pra valer. Podia literalmente tocar na bolsa!
Então ela descia e eu só pensava em não fazer força, para que tudo fosse o mais suave possível.
Joana trouxe o som, com uma música bem suave... a luz também era, num tom azulado, tranquilizador.
Isso durou 25 minutos e a Joana comentou que esse era um momento expulsivo lento, ela parecia nem acreditar no que estava presenciando.
De repente saiu a cabeça e eu vi minha filha dormindo, através da bolsa!
Abriu os olhos e fechou novamente, super tranquila!
Ela foi saindo bem devagar, com a bolsa intacta!
Ela fez um movimento de impulso com as pernas, quando saiu completamente, rompendo a bolsa. Depois, ainda dentro d’água, voltou a dormir.
Ela ficou dentro da banheira por 8 minutos, acordando e dormindo...
Quando saiu da água, permaneceu em meus braços e ficamos ali, papai, mamãe e filhinha, sem que ela chorasse, expelindo o líquido naturalmente, sem nenhuma intervenção.
Foi quando me dei conta de que a banheira estava vermelha de sangue e comecei a me sentir muito mau, fraca...Eu não me lembro, mas a última coisa que disse à câmera foi:
_Estou sentindo muito dor.
De relance, vi meu marido, de roupa, dentro da banheira, cortando o cordão umbilical depressa e retirando a Sundari dos meus braços.
Depois apaguei.
Me lembro de pedir sal, sentia minha pressão abaixando e apaguei novamente.
Acordei com o soro no braço e meu marido dizendo que nossa filha estava com fome.
Ele a colocou do meu lado e apaguei denovo.
Não me lembro da primeira mamada.
Acordei às 6:00hrs com meu marido, dizendo que iria para casa por causa dos nossos outros dois filhos. Eu concordei e dormi um pouco, com nossa filha do lado, já estando mais consciente.
Acordei às 9:00hrs, ainda me sentindo fraca, e percebi que minha filha estava enrolada somente num pano e com muito frio, eu também estava. Tentei chamar a enfermeira, que só apareceu meia hora depois. Pedi para que colocasse roupa em minha filha.
Comi missô puro, o que me deu mais ânimo. O enfermeiro de plantão insistiu para que eu me levantasse e tomasse banho. No meio do caminho, estando amparada pela enfermeira, caí no chão, desmaiando novamente.
O motivo do sangramento não foi dito e, pela postura de todos, eles não sabiam o que havia acontecido.
Na parte da tarde chegaram meus filhos e marido!
Já me sentia melhor, andando sem apoio.
Sundari foi muito bem recebida pelos irmãos.
Enquanto fiquei no quarto, com meus filhotes, meu marido foi convidado a dar uma palestra no hospital, sobre o parto natural, já que eu não aceitei nenhum tipo de interferência, nem mesmo aquelas que o pessoal da casa de parto acredita fazer parte do “parto natural e humanizado”, coisas como romper a bolsa ou estimular o parto.
Para minha alegria, fui liberada no mesmo dia, às 18:30hrs, voltando para casa com minha família!
Sundari teve apgar 9/10.
sábado, 18 de setembro de 2010
Vamos refletir...
Tá Reclamando do Lula? do Serra? da Dilma? do Arrruda? do Sarney? do Collor? Do Renan? do Palocci? do Delubio? Da Roseanne Sarney? Dos politicos distritais de Brasilia? do Jucá? do Kassab? dos mais 300 picaretas do Congresso?
Brasileiro Reclama De Quê?
O Brasileiro é assim:
1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.
4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.
5. - Fala no celular enquanto dirige.
6. -Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
7. - Pára em filas duplas, triplas em frente às escolas.
8. - Viola a lei do silêncio.
9. - Dirige após consumir bebida alcoólica.
10. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas
desculpas.
11. - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.
12. - Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao
trabalho.
13. - Faz " gato " de luz, de água e de tv a cabo.
14. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado,
muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
15. - Compra recibo para abater na declaração do imposto de
renda para pagar menos imposto.
16. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através
do sistema de cotas.
17. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10
pede nota fiscal de 20.
18. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.
19. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.
20. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se
fosse pouco rodado.
21. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são
pirata.
22. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
23. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da
roleta do ônibus, sem pagar passagem.
24. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
25. - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.
26. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como
clipes, envelopes, canetas, lápis... como se isso não fosse roubo.
27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que
recebe das empresas onde trabalha.
28. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que
ainda não foi inventado.
29. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o
fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.
30. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes
não devolve.
31. - Dá Trocadinho pra ciranças e mendigos no sinal , incentivando ao não trabalho e a vida facil , e pensa que assim pode ficar com a
conciencia tranquila de que esta fazendo um ato de solidariedade e ajudando os mais necessitados.
E quer que os políticos sejam honestos...
Escandaliza- se com a farra das passagens aéreas...
Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo ou não?
Brasileiro reclama de quê, afinal?
E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma
mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!
Vamos dar o bom exemplo!
Espalhe essa idéia!
"Fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos..."
A mudança deve começar dentro de nós, nossas casas, nossos valores, nossas atitudes!
Brasileiro Reclama De Quê?
O Brasileiro é assim:
1. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.
2. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
3. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.
4. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.
5. - Fala no celular enquanto dirige.
6. -Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
7. - Pára em filas duplas, triplas em frente às escolas.
8. - Viola a lei do silêncio.
9. - Dirige após consumir bebida alcoólica.
10. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas
desculpas.
11. - Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas.
12. - Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao
trabalho.
13. - Faz " gato " de luz, de água e de tv a cabo.
14. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado,
muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
15. - Compra recibo para abater na declaração do imposto de
renda para pagar menos imposto.
16. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através
do sistema de cotas.
17. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10
pede nota fiscal de 20.
18. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.
19. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.
20. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se
fosse pouco rodado.
21. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são
pirata.
22. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
23. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da
roleta do ônibus, sem pagar passagem.
24. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.
25. - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.
26. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos como
clipes, envelopes, canetas, lápis... como se isso não fosse roubo.
27. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que
recebe das empresas onde trabalha.
28. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que
ainda não foi inventado.
29. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o
fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.
30. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes
não devolve.
31. - Dá Trocadinho pra ciranças e mendigos no sinal , incentivando ao não trabalho e a vida facil , e pensa que assim pode ficar com a
conciencia tranquila de que esta fazendo um ato de solidariedade e ajudando os mais necessitados.
E quer que os políticos sejam honestos...
Escandaliza- se com a farra das passagens aéreas...
Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo ou não?
Brasileiro reclama de quê, afinal?
E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma
mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!
Vamos dar o bom exemplo!
Espalhe essa idéia!
"Fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos..."
A mudança deve começar dentro de nós, nossas casas, nossos valores, nossas atitudes!
sábado, 14 de agosto de 2010
Se posicionando para o prazer
Algumas posturas são melhores para as grávidas porque deixam a barriga à vontade. Veja algumas sugestões para que o casal possa curtir os nove meses de uma forma divertida, diferente, gostosa e, claro, com muita sedução.
10 Posições Prazerosas e Confortáveis:
1. Em pé:
Com o apoio da parede, o homem sustenta o peso da parceira, segurando-a pela parte posterior das coxas. É ideal para os primeiros meses da gravidez ou enquanto a barriga ainda estiver pequena. À medida que o útero cresce, a postura pode prejudicar a coluna.
2. De joelhos:
Ele se ajoelha e ela fica apoiada em um dos joelhos. A mulher pode abraçar a cintura do parceiro com a outra perna. Essa posição é sugerida para os primeiros meses de gravidez (até o terceiro mês), quando o útero ainda não se dilatou muito.
3. Cachorrinho:
Nesta posição, a mulher mantém a barriga totalmente solta, enquanto o homem, ajoelhado, controla a penetração. A postura é bastante confortável durante os primeiros trimestres. Nos últimos três meses, a barriga pesada desequilibra a coluna, que fica mais vulnerável nessa posição.
4. Pelve levantada:
Enquanto ela se deita sobre travesseiros (que devem estar acomodados sob a coluna), ele, de joelhos, controla a penetração. Assim, a barriga fica livre. A pelve levantada pelas almofadas facilita o orgasmo. Pode ser experimentada até o sétimo mês. Depois disso, com a barriga muito grande, a posição tende a ficar desconfortável.
5. Colher:
É uma das posturas mais confortáveis para a grávida e poderá ser praticada durante a gestação toda. O casal se encaixa de lado e a mulher pode usar um travesseiro pequeno sob a barriga para mantê-la apoiada. A postura deixa a barriga em posição de descanso, como se fosse em um ninho. Outra vantagem é que a coluna, às vezes prejudicada pelo peso da barriga, se mantém em linha reta.
6. Sentada:
Sentada em frente e sobre o parceiro, a mulher está à vontade para controlar os movimentos e a intensidade da penetração. Isso permite que ela mantenha a barriga livre, sem nenhuma pressão. Uma postura agradável e suave principalmente a partir do oitavo mês, quando a barriga está mais dolorida devido ao aumento do útero.
7. Papai e mamãe adaptado:
Para não pressionar a barriga da parceira, o parceiro não deita totalmente sobre ela. Mantém o tronco um pouco elevado. Assim não há pressão no útero – essencial a partir do segundo trimestre, quando o órgão aumenta bastante de tamanho.
8. Cruz:
Essa é uma alternativa pela qual o casal pode optar até o final da gestação. A mulher fica deitada com as pernas flexionadas sobre o corpo do parceiro, que se encaixa nela de lado. Nessa postura, o conforto para a mulher é extremo já que além da coluna bem posicionada, ela mantém a barriga apoiada na cama e em situação de descanso.
9. Sentada de costas:
A grávida se senta sobre o homem – de costas para ele – de forma confortável. Como a barriga fica livre e a mulher consegue maior controle sobre os movimentos, a posição permite a relação sexual até o final da gestação.
10. Armadilha da serpente:
Vem do Kama Sutra esta sugestão de nome tão curioso. A mulher fica sentada sobre o parceiro, de frente, e ambos seguram os pés um do outro. O arranjo permite ao casal balançar, em um estimulante movimento de vai-e-vem, e deixa a barriga livre. Além disso, evita a pressão sobre o diafragma – com o aumento do útero, a tendência é que o órgão comprima o músculo respiratório e dificulte um pouco a respiração. Com essa posição, a liberdade e o conforto são maiores. Até o final da gravidez.
10 Posições Prazerosas e Confortáveis:
1. Em pé:
Com o apoio da parede, o homem sustenta o peso da parceira, segurando-a pela parte posterior das coxas. É ideal para os primeiros meses da gravidez ou enquanto a barriga ainda estiver pequena. À medida que o útero cresce, a postura pode prejudicar a coluna.
2. De joelhos:
Ele se ajoelha e ela fica apoiada em um dos joelhos. A mulher pode abraçar a cintura do parceiro com a outra perna. Essa posição é sugerida para os primeiros meses de gravidez (até o terceiro mês), quando o útero ainda não se dilatou muito.
3. Cachorrinho:
Nesta posição, a mulher mantém a barriga totalmente solta, enquanto o homem, ajoelhado, controla a penetração. A postura é bastante confortável durante os primeiros trimestres. Nos últimos três meses, a barriga pesada desequilibra a coluna, que fica mais vulnerável nessa posição.
4. Pelve levantada:
Enquanto ela se deita sobre travesseiros (que devem estar acomodados sob a coluna), ele, de joelhos, controla a penetração. Assim, a barriga fica livre. A pelve levantada pelas almofadas facilita o orgasmo. Pode ser experimentada até o sétimo mês. Depois disso, com a barriga muito grande, a posição tende a ficar desconfortável.
5. Colher:
É uma das posturas mais confortáveis para a grávida e poderá ser praticada durante a gestação toda. O casal se encaixa de lado e a mulher pode usar um travesseiro pequeno sob a barriga para mantê-la apoiada. A postura deixa a barriga em posição de descanso, como se fosse em um ninho. Outra vantagem é que a coluna, às vezes prejudicada pelo peso da barriga, se mantém em linha reta.
6. Sentada:
Sentada em frente e sobre o parceiro, a mulher está à vontade para controlar os movimentos e a intensidade da penetração. Isso permite que ela mantenha a barriga livre, sem nenhuma pressão. Uma postura agradável e suave principalmente a partir do oitavo mês, quando a barriga está mais dolorida devido ao aumento do útero.
7. Papai e mamãe adaptado:
Para não pressionar a barriga da parceira, o parceiro não deita totalmente sobre ela. Mantém o tronco um pouco elevado. Assim não há pressão no útero – essencial a partir do segundo trimestre, quando o órgão aumenta bastante de tamanho.
8. Cruz:
Essa é uma alternativa pela qual o casal pode optar até o final da gestação. A mulher fica deitada com as pernas flexionadas sobre o corpo do parceiro, que se encaixa nela de lado. Nessa postura, o conforto para a mulher é extremo já que além da coluna bem posicionada, ela mantém a barriga apoiada na cama e em situação de descanso.
9. Sentada de costas:
A grávida se senta sobre o homem – de costas para ele – de forma confortável. Como a barriga fica livre e a mulher consegue maior controle sobre os movimentos, a posição permite a relação sexual até o final da gestação.
10. Armadilha da serpente:
Vem do Kama Sutra esta sugestão de nome tão curioso. A mulher fica sentada sobre o parceiro, de frente, e ambos seguram os pés um do outro. O arranjo permite ao casal balançar, em um estimulante movimento de vai-e-vem, e deixa a barriga livre. Além disso, evita a pressão sobre o diafragma – com o aumento do útero, a tendência é que o órgão comprima o músculo respiratório e dificulte um pouco a respiração. Com essa posição, a liberdade e o conforto são maiores. Até o final da gravidez.
Nesse tempo que tenho acompanhado mulheres como doula, tem sido unânime a dúvida sobre relações sexuais durante a gestação. Resolvi então fazer uma pesquisa rápida na internet, vejam parte dos achados:
Curiosidades: Gravidez e vida sexual
Na maioria dos casos é natural/saudável ter relações sexuais durante a gravidez. No entanto, muitos homens ficam hesitantes em “put their penis next to the baby’s head”. A verdade é que apenas em alguns casos raros pode ser perigoso. O que é de fato algo exótico é que durante o sexo oral o parceiro não pode introduzir ar na vagina, de forma alguma! Tal fato é perigoso tanto para a mãe como para o bebê causando uma bolha de ar na corrente sanguínea introduzida através da placenta...
Algumas mulheres acham muito mais fácil atingir o orgasmo quando estão grávidas o que pode constituir uma surpresa agradável para ambos! Na fase mais adiantada da gravidez recomenda-se a prática de posições diferentes que são mais adequadas como a penetração vaginal ("doggie style"). Muitos casais também descobriram que utilizar almofadas aqui e ali ajuda bastante...
O mais engraçado é que na fase final da gravidez o esperma contém substâncias que podem ajudar ao trabalho de parto! Assim, recomenda-se muita atividade sexual na fase final da gravidez para preparar o trabalho de parto! Além disso, ter orgasmos bem como estimulação dos mamilos causa a emissão de substâncias no cérebro que são exatamente as mesmas que os médicos utilizam no início do trabalho de parto. E quem não trocaria ter de fazer isto no hospital por fazer sexo em casa?
Bem diferente de algumas décadas atrás, o homem tem participado mais ativamente do processo gestacional e de parto. A freqüência masculina nas clínicas obstétricas cresceu consideravelmente, pelo acompanhamento de esposas e namoradas grávidas. Conclui-se então, que a gestação é uma etapa não só da vida da mulher, mas sim do casal envolvido.
Sendo assim, não podemos deixar de lado, o que vem e virá por trás de tudo isso, no que diz respeito ao relacionamento, à sexualidade do casal grávido. Homens e mulheres passam por diversas modificações e adaptações físicas, emocionais, familiares e sociais no decorrer da gestação, havendo inclusive casos de alterações no próprio homem como aumento de peso, desconforto, insegurança depressão, ansiedade, e até mesmo intolerância gástrica.
Porém, na mulher, os efeitos de uma gravidez tendem a ser mais contundentes, pois além de envolver diversas questões existenciais, há uma certa revolução hormonal, e profundas modificações em todo o seu esquema corporal. Aparece o conflito entre a mistura de papéis: o de amante, de esposa (namorada), de mulher e de mãe, gerando instabilidade emocional, e comprometendo seriamente a libido, pois a mulher pode não se sentir atraente, ou feminina, diminuindo assim a auto-estima.
Quando rebaixada, a auto-estima se manifesta por extrema insegurança, dando um certo descrédito com relação aos sentimentos do parceiro. Portanto, a maneira como a mulher se percebe, e percebe a atração do parceiro, se amada e desejada, irá influir decisivamente em sua auto-estima, em sua afetividade, e conseqüentemente em sua sexualidade.
Para o homem, as tensões e responsabilidades sobre o futuro não exercem tanta influência sobre a sua performance sexual. Dependendo de suas preferências, as alterações estéticas corporais da mulher são mais significativas, e podem servir como barreira ao estímulo de sua libido. O desejo sexual varia muito durante a gravidez. Vale lembrar que isso não é uma regra, e pode ser diferente entre várias mulheres ou numa mesma mulher em gestações diferentes.
No primeiro trimestre de gestação, a tendência é a de diminuição do desejo sexual da mulher. A emoção da realização do desejo de ser mãe encobre todos os outros desejos, voltando-se assim para o preparo do enxoval, os cuidados como corpo, e outras preocupações características da gestação. As fantasias sobre o aborto aparecem, e alguns desconfortos decorrentes dessa fase, como enjôos, náuseas e sonolência também contribuem para um certo afastamento do sexo. Pode acontecer também, para ambos, o surgimento do conflito da mulher-esposa-amante X mulher-esposa-mãe, causando uma certa confusão de papéis e como conseqüência um certo bloqueio sexual.
A partir do segundo trimestre, a tendência do desejo sexual é a de voltar ao normal, podendo muitas vezes até ser aumentado. Devido ao aumento do fluxo sangüíneo, as secreções vaginais são muito profusas. Portanto, a gestante geralmente torna-se pronta para a penetração muito mais cedo do que o usual. A mulher, desta forma, pode passar a achar o sexo bem mais excitante e satisfatório que antes de engravidar.
Muitas mulheres confessam ter atingido o orgasmo pela primeira vez nessa fase, ou até mesmo ter conseguido orgasmos múltiplos. Para o homem, pode haver seu primeiro impacto com relação ao corpo da mulher, pois é nessa fase que as alterações físicas tornam-se mais perceptíveis.
O terceiro e último trimestre é cercado de dificuldades: algumas advindas do crescimento da barriga, tais como posição satisfatória para o sexo e o aumento da freqüência urinária. Outras, de caráter mais emocional, pois é nessa fase que os movimentos fetais são mais fortes e mais facilmente percebidos pelo parceiro, causando assim a sensação de o casal estar sendo espionado por uma terceira pessoa.
Alguns homens temem "machucar" o bebê. Há o retorno do receio de aborto ou do parto prematuro. Sendo assim, alguns casais se abstêm totalmente das relações sexuais, e outros diminuem consideravelmente. Essa fase normalmente coincide com uma fase de intensa queda na auto-estima, devido às alterações corporais, preocupação excessiva com o parto, diminuição do interesse do parceiro, etc.
As opiniões dos obstetras nessa fase são um pouco contraditórias. No último mês, alguns recomendam total abstinência. Outros deixam essa questão livre, muitas vezes até incentivando a prática sexual, ajudando na diminuição da ansiedade da mulher. Porém, concordam sempre na suspensão do sexo caso haja algum risco obstétrico, como descolamento placentário, risco de parto prematuro, entre outros.
Para concluir, podemos dizer que: maternidade e libido caminham juntos. Portanto, é sempre bom lembrar, que uma não anula a outra. Quando a gravidez não é de risco (fato esse ressaltado pelo médico durante o pré-natal), faz bem manter relações sexuais. O sexo aumenta a cumplicidade do casal, alivia tensões, relaxa e, acima de tudo, dá um enorme prazer.
Além disso, o sexo exercita os músculos pélvicos, mantendo-os firmes e flexíveis para o parto. O que pode atrapalhar, como foi dito anteriormente, é o crescimento da barriga e a falta de posições para o sexo. Porém, lembre-se sempre que sexo não se restringe apenas à penetração. Há outras práticas que podem ser muito prazerosas, e quem vive bem com a sexualidade durante a gravidez só tem a ganhar!
Curiosidades: Gravidez e vida sexual
Na maioria dos casos é natural/saudável ter relações sexuais durante a gravidez. No entanto, muitos homens ficam hesitantes em “put their penis next to the baby’s head”. A verdade é que apenas em alguns casos raros pode ser perigoso. O que é de fato algo exótico é que durante o sexo oral o parceiro não pode introduzir ar na vagina, de forma alguma! Tal fato é perigoso tanto para a mãe como para o bebê causando uma bolha de ar na corrente sanguínea introduzida através da placenta...
Algumas mulheres acham muito mais fácil atingir o orgasmo quando estão grávidas o que pode constituir uma surpresa agradável para ambos! Na fase mais adiantada da gravidez recomenda-se a prática de posições diferentes que são mais adequadas como a penetração vaginal ("doggie style"). Muitos casais também descobriram que utilizar almofadas aqui e ali ajuda bastante...
O mais engraçado é que na fase final da gravidez o esperma contém substâncias que podem ajudar ao trabalho de parto! Assim, recomenda-se muita atividade sexual na fase final da gravidez para preparar o trabalho de parto! Além disso, ter orgasmos bem como estimulação dos mamilos causa a emissão de substâncias no cérebro que são exatamente as mesmas que os médicos utilizam no início do trabalho de parto. E quem não trocaria ter de fazer isto no hospital por fazer sexo em casa?
Bem diferente de algumas décadas atrás, o homem tem participado mais ativamente do processo gestacional e de parto. A freqüência masculina nas clínicas obstétricas cresceu consideravelmente, pelo acompanhamento de esposas e namoradas grávidas. Conclui-se então, que a gestação é uma etapa não só da vida da mulher, mas sim do casal envolvido.
Sendo assim, não podemos deixar de lado, o que vem e virá por trás de tudo isso, no que diz respeito ao relacionamento, à sexualidade do casal grávido. Homens e mulheres passam por diversas modificações e adaptações físicas, emocionais, familiares e sociais no decorrer da gestação, havendo inclusive casos de alterações no próprio homem como aumento de peso, desconforto, insegurança depressão, ansiedade, e até mesmo intolerância gástrica.
Porém, na mulher, os efeitos de uma gravidez tendem a ser mais contundentes, pois além de envolver diversas questões existenciais, há uma certa revolução hormonal, e profundas modificações em todo o seu esquema corporal. Aparece o conflito entre a mistura de papéis: o de amante, de esposa (namorada), de mulher e de mãe, gerando instabilidade emocional, e comprometendo seriamente a libido, pois a mulher pode não se sentir atraente, ou feminina, diminuindo assim a auto-estima.
Quando rebaixada, a auto-estima se manifesta por extrema insegurança, dando um certo descrédito com relação aos sentimentos do parceiro. Portanto, a maneira como a mulher se percebe, e percebe a atração do parceiro, se amada e desejada, irá influir decisivamente em sua auto-estima, em sua afetividade, e conseqüentemente em sua sexualidade.
Para o homem, as tensões e responsabilidades sobre o futuro não exercem tanta influência sobre a sua performance sexual. Dependendo de suas preferências, as alterações estéticas corporais da mulher são mais significativas, e podem servir como barreira ao estímulo de sua libido. O desejo sexual varia muito durante a gravidez. Vale lembrar que isso não é uma regra, e pode ser diferente entre várias mulheres ou numa mesma mulher em gestações diferentes.
No primeiro trimestre de gestação, a tendência é a de diminuição do desejo sexual da mulher. A emoção da realização do desejo de ser mãe encobre todos os outros desejos, voltando-se assim para o preparo do enxoval, os cuidados como corpo, e outras preocupações características da gestação. As fantasias sobre o aborto aparecem, e alguns desconfortos decorrentes dessa fase, como enjôos, náuseas e sonolência também contribuem para um certo afastamento do sexo. Pode acontecer também, para ambos, o surgimento do conflito da mulher-esposa-amante X mulher-esposa-mãe, causando uma certa confusão de papéis e como conseqüência um certo bloqueio sexual.
A partir do segundo trimestre, a tendência do desejo sexual é a de voltar ao normal, podendo muitas vezes até ser aumentado. Devido ao aumento do fluxo sangüíneo, as secreções vaginais são muito profusas. Portanto, a gestante geralmente torna-se pronta para a penetração muito mais cedo do que o usual. A mulher, desta forma, pode passar a achar o sexo bem mais excitante e satisfatório que antes de engravidar.
Muitas mulheres confessam ter atingido o orgasmo pela primeira vez nessa fase, ou até mesmo ter conseguido orgasmos múltiplos. Para o homem, pode haver seu primeiro impacto com relação ao corpo da mulher, pois é nessa fase que as alterações físicas tornam-se mais perceptíveis.
O terceiro e último trimestre é cercado de dificuldades: algumas advindas do crescimento da barriga, tais como posição satisfatória para o sexo e o aumento da freqüência urinária. Outras, de caráter mais emocional, pois é nessa fase que os movimentos fetais são mais fortes e mais facilmente percebidos pelo parceiro, causando assim a sensação de o casal estar sendo espionado por uma terceira pessoa.
Alguns homens temem "machucar" o bebê. Há o retorno do receio de aborto ou do parto prematuro. Sendo assim, alguns casais se abstêm totalmente das relações sexuais, e outros diminuem consideravelmente. Essa fase normalmente coincide com uma fase de intensa queda na auto-estima, devido às alterações corporais, preocupação excessiva com o parto, diminuição do interesse do parceiro, etc.
As opiniões dos obstetras nessa fase são um pouco contraditórias. No último mês, alguns recomendam total abstinência. Outros deixam essa questão livre, muitas vezes até incentivando a prática sexual, ajudando na diminuição da ansiedade da mulher. Porém, concordam sempre na suspensão do sexo caso haja algum risco obstétrico, como descolamento placentário, risco de parto prematuro, entre outros.
Para concluir, podemos dizer que: maternidade e libido caminham juntos. Portanto, é sempre bom lembrar, que uma não anula a outra. Quando a gravidez não é de risco (fato esse ressaltado pelo médico durante o pré-natal), faz bem manter relações sexuais. O sexo aumenta a cumplicidade do casal, alivia tensões, relaxa e, acima de tudo, dá um enorme prazer.
Além disso, o sexo exercita os músculos pélvicos, mantendo-os firmes e flexíveis para o parto. O que pode atrapalhar, como foi dito anteriormente, é o crescimento da barriga e a falta de posições para o sexo. Porém, lembre-se sempre que sexo não se restringe apenas à penetração. Há outras práticas que podem ser muito prazerosas, e quem vive bem com a sexualidade durante a gravidez só tem a ganhar!
sábado, 7 de agosto de 2010
Navegando pela internet, me deparei com um texto sobre o que é e qual o papel da DOULA, achei legal compartilhar. O original se encontra em: http://guiadobebe.uol.com.br/parto/o_que_sao_doulas.htm
Doulas
O que são Doulas?
Antes de a mãe ficar por dentro das características da “companheira” Doula, vamos saber o significa o termo “doulas”. A palavra "doula" vem do grego "mulher que serve". Explicado?
Nos dias de hoje essa palavra serve para denominar as acompanhantes de parto que oferecem suporte afetivo, físico, emocional e de conhecimento para as mulheres. Esse suporte pode ser dado antes, durante e depois do parto.
Antigamente os partos eram realizados pelas parteiras que cuidavam da mulher em todos os aspectos. Hoje os partos são feitos em hospitais com uma equipe especializada. Obstetras que têm a função de fazer o parto, pediatra para avaliar a saúde do bebê, a enfermeira e auxiliares que devem auxiliar os médicos para que nada falte e atender as outras mulheres também. E quem oferece assistência à mulher que está dando à luz?
Esse é o papel da Doula, atender as necessidades da mulher. O ambiente hospitalar e as pessoas desconhecidas geram na mulher medo, dor e ansiedade na hora do parto. A Doula então oferece todo apoio afetivo e emocional para que a mulher sinta-se segura e tranqüila para um dos grandes momentos da sua vida: o nascimento do seu filho.
A Doula antes do parto ajuda a mulher e o seu companheiro a refletirem e escolherem suas opções para o parto, explicando os diferentes tipos, as vantagens e desvantagens de cada um, as intervenções que podem ser realizadas e prepara a mulher para quando chegar a hora do parto.
Durante o trabalho de parto, a Doula serve como uma ponte entre os complicados termos médicos e a parturiente, oferece massagens, ajuda a parturiente a encontrar posições mais confortáveis para o trabalho de parto, mostra formas eficientes de respiração e propõe medidas naturais que podem aliviar as dores, como banhos, massagens e relaxamento.
A Doula não substitui o acompanhante. Ela também dá suporte e orienta o acompanhante a oferecer apoio e conforto à mulher, mostrando como ser útil e não ficar perdido na assistência a mulher, o que normalmente ocorre.
No parto cesárea, a Doula também se faz importante, pois continua dando apoio, conforto e ajudando a mulher a relaxar durante a cirurgia. Depois do parto, a Doula oferece assistência e apoio em relação aos cuidados pós parto, à amamentação e cuidados com o bebê.
Não é função da Doula realizar qualquer procedimento médico, como fazer exames, aferir pressão ou administrar medicamentos e cuidar da saúde do bebê. Ela oferece segurança, tranqüilidade e conhecimento para um parto seguro e não substitui nenhum profissional envolvido na assistência ao parto.
Pesquisas mostram que o parto em que uma Doula está presente tende a ser mais rápido e necessitar de menos intervenções médicas. Algumas vantagens em se ter uma Doula na hora do parto:
· Diminui o uso do fórceps em 40%
· Diminui a incidência de infecção
· Diminui insegurança da mãe, ocasionando um maior autocontrole e menos dor
· Reduz do risco da depressão pós-parto
· Sucesso na amamentação
· Maior auto estima da mamãe
· Maior satisfação com relação ao parto
· Alta mais rápida do bebê
· Poucas admissões nos berçários de cuidados especiais (UTI neonatal)
· Diminui as taxas de cesárea em 50%
· Diminui a duração do trabalho de parto em 20%
· Diminui o uso da Ocitocina (indução de parto) em 40%
· Diminui os pedidos de anestesia em 60%
· Diminui o tempo de internação, possibilitando uma maior rotatividade de leitos.
· Economia quanto ao uso de medicamentos (ocitocina, anestésicos, etc).
O vídeo a baixo é um compilado de momentos vividos no primeiro curso de formação de doulas pelo GAMA em Belo Horizonte.
Doulas
O que são Doulas?
Antes de a mãe ficar por dentro das características da “companheira” Doula, vamos saber o significa o termo “doulas”. A palavra "doula" vem do grego "mulher que serve". Explicado?
Nos dias de hoje essa palavra serve para denominar as acompanhantes de parto que oferecem suporte afetivo, físico, emocional e de conhecimento para as mulheres. Esse suporte pode ser dado antes, durante e depois do parto.
Antigamente os partos eram realizados pelas parteiras que cuidavam da mulher em todos os aspectos. Hoje os partos são feitos em hospitais com uma equipe especializada. Obstetras que têm a função de fazer o parto, pediatra para avaliar a saúde do bebê, a enfermeira e auxiliares que devem auxiliar os médicos para que nada falte e atender as outras mulheres também. E quem oferece assistência à mulher que está dando à luz?
Esse é o papel da Doula, atender as necessidades da mulher. O ambiente hospitalar e as pessoas desconhecidas geram na mulher medo, dor e ansiedade na hora do parto. A Doula então oferece todo apoio afetivo e emocional para que a mulher sinta-se segura e tranqüila para um dos grandes momentos da sua vida: o nascimento do seu filho.
A Doula antes do parto ajuda a mulher e o seu companheiro a refletirem e escolherem suas opções para o parto, explicando os diferentes tipos, as vantagens e desvantagens de cada um, as intervenções que podem ser realizadas e prepara a mulher para quando chegar a hora do parto.
Durante o trabalho de parto, a Doula serve como uma ponte entre os complicados termos médicos e a parturiente, oferece massagens, ajuda a parturiente a encontrar posições mais confortáveis para o trabalho de parto, mostra formas eficientes de respiração e propõe medidas naturais que podem aliviar as dores, como banhos, massagens e relaxamento.
A Doula não substitui o acompanhante. Ela também dá suporte e orienta o acompanhante a oferecer apoio e conforto à mulher, mostrando como ser útil e não ficar perdido na assistência a mulher, o que normalmente ocorre.
No parto cesárea, a Doula também se faz importante, pois continua dando apoio, conforto e ajudando a mulher a relaxar durante a cirurgia. Depois do parto, a Doula oferece assistência e apoio em relação aos cuidados pós parto, à amamentação e cuidados com o bebê.
Não é função da Doula realizar qualquer procedimento médico, como fazer exames, aferir pressão ou administrar medicamentos e cuidar da saúde do bebê. Ela oferece segurança, tranqüilidade e conhecimento para um parto seguro e não substitui nenhum profissional envolvido na assistência ao parto.
Pesquisas mostram que o parto em que uma Doula está presente tende a ser mais rápido e necessitar de menos intervenções médicas. Algumas vantagens em se ter uma Doula na hora do parto:
· Diminui o uso do fórceps em 40%
· Diminui a incidência de infecção
· Diminui insegurança da mãe, ocasionando um maior autocontrole e menos dor
· Reduz do risco da depressão pós-parto
· Sucesso na amamentação
· Maior auto estima da mamãe
· Maior satisfação com relação ao parto
· Alta mais rápida do bebê
· Poucas admissões nos berçários de cuidados especiais (UTI neonatal)
· Diminui as taxas de cesárea em 50%
· Diminui a duração do trabalho de parto em 20%
· Diminui o uso da Ocitocina (indução de parto) em 40%
· Diminui os pedidos de anestesia em 60%
· Diminui o tempo de internação, possibilitando uma maior rotatividade de leitos.
· Economia quanto ao uso de medicamentos (ocitocina, anestésicos, etc).
O vídeo a baixo é um compilado de momentos vividos no primeiro curso de formação de doulas pelo GAMA em Belo Horizonte.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
É inevitável não falar hoje do jogo Brasil X Holanda pelas quartas de final da Copa do Mundo. O sonho do Hexa vai ficar por pelo menos mais quatro anos. O Brasil que, na última semana principalmente, se uniu na frente das tv's para assistir aos jogos, hoje se despede triste e cabisbaixo. Li uma crônica do Fernando Moreira no jornal o Globo e achei por bem postá-la aqui. Fica o grito preso de "É CAMPEÃOOOOOOOO!", mas a vida segue....
"Crônica de um destempero emocional:
seleção brasileira perde os nervos e a Copa
O Brasil tinha um adversário de peso pela frente, com tradição e futebol de respeito. Mas a derrota da seleção por 2 a 1 para a Holanda não foi apenas uma questão esportiva, foi o fechamento de uma série de destemperos de uma equipe que mesmo nas vitórias se mostrou à beira de um ataque de nervos. E ele veio nesta sexta-feira. Uma pane sem defesa. O nervosismo se revelou tamanho que foi capaz de fazer ruir o que havia de mais sólido e equilibrado no Brasil: o sistema defensivo.
A imagem da tragédia que se aproximava em Port Elizabeth ficou estampada no rosto de Júlio César, que tentava armar uma barreira em uma falta na entrada da área, quando o Brasil já perdia por 2 a 1, no segundo tempo. Pálido, o arqueiro mal tinha forças para pedir a composição de quatro homens. Em determinado momento, ele fechou os olhos por longo segundo. Ao abrir, tudo estava lá, da mesma forma: um Brasil catatônico, refletindo o terror facial do melhor goleiro do mundo. Uma tela sombria de Van Gogh, com pálidos girassóis desalinhados pelo vento morno soprado por vuvuzelas em Port Elizabeth. Título: "Retumbante fim da Era Felipe Melo?".
Ao fim do jogo, Dunga afirmou, orgulhosamente, que, se os jornalistas pudessem ver o vestiário do Brasil, encontrariam uma equipe devastada, arrasada, sofrendo com o peso da eliminação. Não precisávamos esperar o último apito do árbitro para encontrar o Brasil devastado. Uma imagem que começou a se desenhar no repetitivo mau humor do técnico, no comportamento geralmente dócil de Kaká corrompido por um acesso de fúria que culminou com expulsão. Uma hora o limite seria ultrapassado e a seleção perderia o chão.
Voltemos à partida em Port Elizabeth e ao quadro tardio pintado por Dunga. A seleção ficou devastada ainda em campo, após o primeiro gol holandês, que saiu graças a um cruzamento comum de Sneijder e à combinação de falhas de Júlio César e Felipe Melo. Era apenas um gol de empate, aos 8 minutos do segundo tempo, de um grande clássico em quartas de final de uma Copa do Mundo. Mas, inexplicavelmente, a seleção pentacampeã perdeu o equilíbrio emocional de forma devastadora, quando ainda tinha todas as chances de voltar a comandar o placar. E, com os nervos à flor do gramado, a seleção perdeu a confiança, cometeu novos erros imperdoáveis, mostrou-se excessivamente nervosa e acabou nocauteada em pé diante de um adversário que não precisou se esforçar muito para chegar à vitória.
Quem se esforçou muito para deixar a Copa pela porta dos fundos foi Felipe Melo. Para os mais críticos, ele não se esforçou nada. O jogador mais contestado da seleção começou a partida dando a impressão de que levaria um 10 do mestre Dunga: um passe perfeito para Robinho colocar a bola na rede holandesa. O Brasil envolveu os europeus e só não ampliou o marcador porque desperdiçou algumas oportunidades preciosas. O autor do gol parecia ligado a 220 volts. O Brasil não dava espaços para a "Laranja".
No segundo tempo, o quadro muda radicalmente. Robinho cai para 22 volts. A Holanda acha o seu primeiro gol e o Brasil fica atordoado, catatônico, como se os deuses do futebol já tivessem decretado a derrocada brasileira. Observando a postura do time em campo, parecia algo irremediável. Velório de vivo... Mas era apenas um empate! Zumbis vestidos de azul sem saber aonde ir. E, desorientados, apenas assistiram ao pequeno Sneijder sozinho na pequena área cabecear para o gol de Júlio César, aos 22 minutos. Outra vez, Felipe Melo. O volante permitiu que o meia holandês desse dois passos para trás e concluísse com perfeição. Felipe Melo preferiu ficar "marcando" Júlio César. Talvez uma tentativa inconsciente de reeditar a parceria desastrada no primeiro gol inimigo.
O Brasil estava atrás no placar, mas nada estava perdido. Quantas vezes a seleção não se superou e deu a volta por cima? Esta sensação resistiu pouco. Aos 28 minutos, Felipe Melo fez falta em Robben. Na continuação do lance, o volante botinudo deu vida às profecias de antes da Copa: ele vai acabar expulso em um jogo decisivo e prejudicar o Brasil. Não deu outra. Um pisão violento e covarde em Robben. Cartão vermelho justíssimo. Destempero elevado à enésima potência.
Com um a menos em campo, o colapso brasileiro ganhou contornos mais dramáticos. Correria desordenada de uma equipe que parecia despreparada para encarar adversidades e reagir ao seus erros. No banco, um técnico esquálido, incapaz até de fazer todas as três substituições a que tinha direito! Ao fim da partida, o comandante do Titanic amarelo foi o primeiro a abandonar o barco."
Assinar:
Postagens (Atom)